Minas Gerais registra 484 mil casos prováveis de dengue

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O estado de Minas Gerais vive a pior epidemia de dengue da história. Entre janeiro e novembro de 2019, foram registrados 484 mil casos prováveis da doença, um número 16 vezes maior que todo o ano de 2018. O mês com maior número de casos prováveis foi maio, com 152 mil. Mais de 200 municípios estão em alerta e 15, em risco. Pessoas que possuem idade entre 20 e 34 anos são as principais afetadas.

A diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, Janaina Almeida, afirma que o governo estadual tem mobilizado a população, promovendo conscientização para o combate ao mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya. Projetos-pilotos são testados, com a adoção de novas tecnologias, a exemplo de armadilhas para mosquitos, larvicidas e inseticidas.

“Em 2019, nós enfrentamos a pior epidemia de todos os tempos, principalmente em relação ao número de óbitos e de internações. Várias regiões foram afetadas este ano, mas a gente teve principalmente no Triângulo e no centro, ficando livre apenas a região nordeste do Vale do Jequitinhonha, mas o restante todo foi acometido. Aqui em Minas Gerais, o maior índice de infestação está dentro de casa, os focos estão dentro de casa. O estado sozinho não dá conta dessa epidemia”. 

A artesã Luciene Gonçalves, de 54 anos, teve dengue e chikungunya. Ela conta que sofreu bastante nos dias em que esteve doente. Luciene revela que, apesar de manter sua casa livre de focos do mosquito, o que causou a contaminação foi a falta de cuidado dos vizinhos com lixo e entulho acumulado em quintais.

“Quando eu tive dengue, comecei a dar febre, meu corpo ficou todo dolorido, muita dor de cabeça. O corpo esquentava todo, eu não podia nem deitar na cama, tinha que deitar no chão, de tanta dor que eu sentia. Depois de 2 anos tive a outra, chikungunya. Tive muita dor no corpo e nas juntas. Não podia sentar nem abaixar e senti muita dor de cabeça também”.

Apenas neste ano foram confirmados 153 óbitos por dengue em 47 municípios de Minas Gerais e outras 94 mortes permanecem em investigação. O local com maior número de mortes confirmadas pela doença foi Belo Horizonte, com 58. Em seguida, vem Uberlândia, Divinópolis e Juiz de Fora. Em 2019, foram 2,7 mil casos prováveis de chikungunya, 4 vezes menos que em 2018. No entanto, foram registrados 746 casos prováveis de zika em 2019, sendo 176 em gestantes. No ano passado, o número total de casos foi de 168.

A principal forma de prevenir o aparecimento do mosquito é evitar a água parada. É importante verificar todos os reservatórios, eliminar os vasos de planta, descartar corretamente embalagens e utensílios descartáveis, além de manter calhas limpas. Uma pequena tampa de garrafa pode ser o local ideal para a proliferação. 

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes

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