Será lançado na próxima terça-feira, dia 3 de dezembro de 2019, o projeto da Rede de Sementes e Mudas da Bacia do Rio Doce, que vai abranger os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A iniciativa é fruto de uma parceria firmada entre a Fundação Renova e o Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste (CEPAN), com a colaboração da Associação Rede de Sementes do Xingu (ARSX) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O evento acontecerá em Governador Valadares (MG), no auditório do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), e será aberto ao público. Na ocasião, representantes da Fundação, CEPAN, UFSCar e ARSX, vão apresentar as principais atividades do projeto, que terá duração de três anos e será inserido, especialmente, nas áreas onde atua o Programa de Recuperação de Nascentes, Áreas de Preservação Permanente (APP) e de recarga hídrica da Fundação Renova.
Devido à grande demanda de sementes e mudas para a execução desses programas, focados na recuperação da bacia do rio Doce, foi criado esse projeto, que vai além de apenas contratar fornecedores de sementes. Na prática, a Rede de Sementes vai movimentar a cadeia de fornecimento de sementes e mudas para a região afetada.
A proposta é que a Rede possa vender sementes não só para a Fundação Renova, mas também para compradores de outros estados do Brasil que abrangem o bioma de Mata Atlântica. A iniciativa, portanto, tem o intuito de impulsionar uma economia de base florestal na região e gerar oportunidades socioeconômicas.
O projeto vai dar suporte à meta da Fundação Renova de restaurar 5 mil nascentes e 40 mil hectares de APPs. “A Rede de Sementes terá participação de associações e instituições de ensino presentes na área de abrangência da bacia do rio Doce para auxiliar no desenvolvimento das atividades e contribuir para o sucesso das ações”, explica o analista socioambiental da Fundação Renova, Felipe Tieppo.
Para que as metas sejam cumpridas nos prazos estabelecidos, serão implementadas metodologias e estratégias que favoreçam o ganho de escala e a inclusão de pessoas na cadeia produtiva da restauração florestal. “Dessa forma, a Rede de Sementes e Mudas auxiliará na estruturação dessa cadeia produtiva, em especial, os produtores de insumos [sementes e mudas nativas], que são os elos fundamentais dessa atividade”, destaca Severino Ribeiro, diretor-presidente da CEPAN.
Redes de Sementes e Mudas
As redes de sementes e mudas pretendem trabalhar a figura do coletor, apresentando mais uma possível atividade para os futuros integrantes da rede, e consolidar na bacia do rio Doce mais uma opção de metodologia de recuperação de áreas degradadas: a semeadura direta, que oferece o potencial de rápido recobrimento de solo com baixo custo de implantação.
O projeto prevê a mobilização de pessoas-chave, treinamentos técnicos e administrativos, formalização da Rede como uma associação independente e apoio e monitoramento técnico e comercial. Também será criado um aplicativo de cunho comercial e uma Casa de Sementes, local que servirá como ponto de distribuição das sementes.
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