Dificuldades da Unimontes serão discutidas em audiência

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Escassez de recursos financeiros, deficit do quadro docente, dificuldades nos convênios com as prefeituras e falta de apoio e recursos para pesquisa e extensão. Estes são alguns dos problemas enfrentados pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), no Norte de Minas, e que serão debatidos pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em audiência pública nesta quarta-feira (20/11/19), às 14h30, no Espaço José Aparecido de Oliveira.

O requerimento de audiência é uma iniciativa conjunta das deputadas Beatriz Cerqueira e Leninha, ambas do PT, e do deputado Professor Cleiton (PSB).

“A reunião atende a demanda dos representantes da comunidade acadêmica, encaminhada por entidades que temem a precarização das condições de trabalho e funcionamento na Unimontes”, informa a deputada Beatriz Cerqueira, presidenta da comissão.

Entre as denúncias encaminhadas pela Associação de Docentes da Unimontes (Adunimontes) e pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), consta que, no dia 29 de outubro, a direção da universidade divulgou o cancelamento de concessão de dedicação exclusiva para aproximadamente 100 professores efetivos. A comunidade acadêmica teme que essa mudança na carga horária dos professores comprometa as atividades de pesquisa e extensão.

Foto: Sarah Torres / ALMG

Privatização – Em nota, o Sindicato Nacional da categoria alega que a decisão é “arbitrária e fere a autonomia universitária”, instituto previsto na Constituição Federal. A entidade aponta também para “o sucateamento do trabalho docente” e acrescenta que a medida promove a “degradação significativa da produção acadêmico-científica na Universidade Estadual de Montes Claros”.

“Entendemos que a Dedicação Exclusiva é um pressuposto fundamental do trabalho docente de qualidade em seu tripé indissociável de Ensino, Pesquisa e Extensão, como apontam todas as universidades federais, e importantes universidades estaduais como USP, Unicamp e Uneb, entre outras”, prossegue a nota, concluindo que “essa atitude intempestiva e leviana representa mais um passo largo para a precarização, e para o lento e velado processo de privatização das Universidades Estaduais do Estado de Minas Gerais”.

Entre outras autoridades, foram convidados a participar da audiência o reitor da Unimontes, Antonio Alvimar Souza, secretários de Estado e líderes sindicais e estudantis.

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