A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio da Delegacia Patrimonial, em Governador Valadares, concedeu entrevista coletiva, na manhã de terça-feira, 8 de outubro de 2019, para alertar a população sobre golpes envolvendo venda de veículos em sites de compra e venda. De acordo com a PCMG, mais de 70 casos já foram registrados na cidade, somente neste ano. O número de casos praticamente dobrou, considerando que no segundo semestre do ano de 2018 foram registradas 32 ocorrências dessa modalidade de crime.
De acordo com a Delegada Juliana Flávia Borges Fiúza, o objetivo da divulgação é principalmente prevenir que golpes desse tipo continuem acontecendo. “Nesse tipo de estelionato, duas pessoas caem no golpe: o vendedor e o comprador do bem. O primeiro acredita que há um intermediário na venda e, o segundo, pensa que está negociando com o real vendedor”, detalhou a delegada.
A delegada ainda deu detalhes sobre o modus operandi do golpista. “A ação do suspeito começa com o contato com a vítima número um, que é o anunciante do bem. Durante a conversa, o golpista solicita todas as informações sobre o veículo, bem como fotos e vídeos. De posse desses dados, o golpista faz um novo anúncio no site, como se fosse o vendedor daquele veículo; e a vítima dois, que é o comprador, contata o golpista, acreditando que está transacionando com o real vendedor”, informou. O golpe é descoberto quando as vítimas finalmente se encontram para a finalização da compra/venda.
A PCMG informou, ainda, que, na maioria dos casos, os suspeitos se utilizam de números de telefone com DDD 33, mas estão em outros Estados, como Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, etc. Algumas das vítimas chegaram a perder valores em torno de R$ 80 mil, pois os golpistas se utilizam de diversos tipos de anúncios de veículos, incluindo de caminhões.
Suspeita-se que a maioria desses golpistas esteja nas regiões Norte e Nordeste. “Cada caso tem uma linha de investigação, pois os golpistas se utilizam de três ou mais contas bancárias em nomes de terceiros, além de usarem documentos falsos”, salientou a delegada, que ainda fez um alerta final. “A primeira coisa que o comprador precisa checar são os dados referentes ao pagamento. Certificar-se de que a conta indicada é a do real proprietário do bem, conforme nome que consta no documento do veículo”, disse.
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