Um morador de Conselheiro Lafaiete, na região central de Minas Gerais, foi preso nesta segunda-feira em Salvador, na Bahia, suspeito de gastar recursos arrecadados em campanha feita pelas redes sociais para o tratamento do filho de um ano e sete meses, que tem atrofia muscular espinhal (AME). A Polícia Civil afirma que a campanha resultou em montante próximo a R$ 1 milhão. O caso é investigado como estelionato.
A Polícia Civil, há cerca de uma semana, recebeu informações de que o pai da criança, um homem de 37 anos, estava na capital baiana “gastando o dinheiro de maneira indevida”. A corporação diz ter confirmado que o garotinho realmente tem a doença. O suspeito foi trazido a Belo Horizonte pelos policiais na noite desta segunda-feira. Ainda de acordo com a polícia, ele teria gasto cerca de R$ 600 mil em apenas um mês. Agora, o homem será levado para Conselheiro Lafaiete.
Segundo os pedidos por recursos feitos pela internet, a criança foi diagnosticada com a doença aos cinco meses de vida. A atrofia muscular espinhal é degenerativa. O tratamento é feito com o medicamento Spinraza – considerado um dos mais caros do mundo – com pelo menos seis doses por ano, inicialmente. Cada dose custa cerca de R$ 300 mil. Novas avaliações são necessárias para o volume do medicamento a ser ministrado na sequência.
Em abril deste ano, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assinou portaria incluindo o Spinraza para fornecimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa, porém, é que o medicamento, que é importado, só esteja disponível na rede em outubro, conforme informado à época da assinatura da portaria, e confirmado nesta segunda pelo Ministério da Saúde.
Foto: Reprodução/Facebook
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(Fonte: Itatiaia/Agência Estado)