Será julgado na segunda-feira, 13 de maio, às 8h30, no 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, Calixto Luedy Filho, um dos acusados dos crimes que ficaram conhecidos como Chacina de Felisburgo. Os fatos aconteceram na Fazenda Nova Esperança, no município mineiro situado no Vale do Jequitinhonha, em 20 de novembro de 2004.
O julgamento será presidido pelo juiz Alexandre Cardoso Bandeira. O promotor Christiano Leonardo Gonzaga Gomes fará a acusação. A defesa do réu estará a cargo dos advogados Heleno Batista Vieira, Sizenando José da Silva e Paulo Santos da Silva.
Calixto é o quinto réu a ser julgado. Os primeiros foram o fazendeiro Adriano Chafik Luedy e Washington Agostinho da Silva, em 10 de outubro de 2013. Eles foram condenados a 115 e 97 anos de prisão, em regime fechado, respectivamente.
Em 24 de janeiro de 2014, Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza foram condenados, ambos, a 102 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado.
Relembre o caso
O crime aconteceu em novembro de 2004, quando os acusados atiraram em homens, mulheres e crianças, atingindo fatalmente cinco pessoas. Outras 12 pessoas ficaram feridas na ação, que ainda incluiu o incêndio de 27 casas e a escola do acampamento.
Um dos acusados que também seria julgado já faleceu. A transferência do julgamento para Belo Horizonte foi solicitada para garantir a imparcialidade e a segurança dos envolvidos.
De acordo com o Ministério Público, o dono da Fazenda Nova Alegria, Adriano, comandou o ataque. Integrantes do MST invadiram a fazenda, ao saber que se tratava de terras devolutas (propriedades públicas que nunca pertenceram a um particular, mesmo estando ocupadas). Adriano entrou, então, com ação de reintegração de posse, mas acabou perdendo, e as terras foram demarcadas em favor dos assentados.
Inconformado com a derrota jurídica, ele reuniu 14 homens, que passaram a ameaçar os assentados, até que, em novembro de 2004, ordenou e liderou o ataque ao acampamento. Ele próprio teria conduzido parte do grupo para o local.
A denúncia do Ministério Público tem 15 réus, sendo que os julgamentos já realizados foram desmembrados do processo principal. Admilson Rodrigues Lima, um dos réus, morreu. Com o julgamento de Calixto, ainda faltarão nove réus para serem julgados.
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(Fonte: TJMG)