Gaeco cumpre mandado de prisão contra vereador de Ipatinga

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Mais dois vereadores foram presos nesta quarta-feira (20/02/2019) em Ipatinga por conta da operação Dolos, que investiga um esquema de manipulação de salários de funcionários da Câmara e Prefeitura. O vereador Rogério Antônio Bento, o Rogerinho, que está sem partido e era considerado foragido, se entregou à Justiça, e Wanderson Silva Gandra (PSC) foi preso durante reunião na Câmara. Além deles, o vereador Luiz Márcio Rocha (PTC), já havia sido detido na operação na sexta-feira (15), além de um chefe de gabinete, que é considerado responsável por recolher o dinheiro do esquema.






Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas na operação, entre vereadores, assessores, contadores, corretores de imóveis e comerciantes. O vereador Paulo Reis (PROS) é um dos investigados, dentre outros não citados nominalmente, mas ele não teve mandado de prisão expedido.

Em coletiva concedida à imprensa na segunda-feira (18), membros do Gaeco, Ministério Público, polícias Civil e Militar detalharam os trâmites da operação e como o esquema ocorria. As investigações dão conta de que vereadores pagavam assessores e demais funcionários contratados e exigiam parte do salário de volta.

“Os valores ainda estão em apuração. A gente apurou em alguns casos devolução de R$ 800 mil por mês. Não se estendia só ao servidor da Câmara, mas também do próprio Executivo. Porque o vereador indicava esse servidor no Executivo. Com base nisso, ele se achava no direito de extorquir desse servidor parte dessa remuneração de volta”, explicou o promotor Matheus Beghini na época.

Nota do MPMG

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Ipatinga, no Vale do Aço, e as polícias Civil e Militar cumpriram, nesta quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019, mandado de prisão contra um vereador da Câmara Municipal local. O parlamentar é alvo de investigações que apuram crimes contra a administração pública praticados por vereadores de Ipatinga e particulares. O parlamentar preso hoje foi encaminhado à sede do Gaeco local.

A ação é um desdobramento da Operação Dolos. Na sexta-feira, 15 de fevereiro, foram cumpridos três mandados de prisão e sete mandados de busca e apreensão na cidade. A investigação tem como finalidade apurar notícia-crime sobre a associação criminosa, organização criminosa e crimes contra administração pública.

Conforme apurado, alguns vereadores de Ipatinga contratavam pessoas com a finalidade de recolher parte dos salários deles. As fraudes consistiam principalmente em três metodologias: a primeira, no recebimento e entrega de valores em espécie ao representante do legislativo; a segunda, na retenção do cartão bancário com o repasse de ínfimo valor ao funcionário (que, na verdade, também não prestava serviço à Câmera Municipal, ou seja, era “fantasma”), com a subsequente manipulação na folha de ponto; e a terceira, na realização de empréstimos bancários, por determinação dos vereadores, por parte de servidores, com o saque e transferência para contas de “laranjas” visando maquiar o real destino dos valores.

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(Fonte: G1 Vales e MPMG)

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