Ricardo Boechat morre em acidente de helicóptero em São Paulo

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O jornalista Ricardo Eugênio Boechat, de 66 anos, morreu na queda de um helicóptero no início da tarde de hoje (11/02/2019) em um dos acessos da Rodovia Anhanguera, que liga a capital paulista, ao interior. Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto da aeronave, Ronaldo Quatrucci, também morreu carbonizado.






Boechat era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM e tinha uma coluna semanal na revista ISTOÉ.

O motorista de um caminhão atingido no acidente foi resgatado pelo serviço da concessionária que administra a via. O fogo no local já foi extinto.

O jornalista nasceu em Buenos Aires, na Argentina, quando o pai Dalton Boechat, diplomata, estava a serviço do Ministério das Relações Exteriores. Dono de um humor ácido, usava essa característica para noticiar fatos e criticar situações. O tom era frequente nos comentários de rádio, televisão e também na imprensa escrita.

Políticos, magistrados e organizações vieram a público para lamentar a morte do jornalista.

Boechat deixa mulher, cinco filhas e um filho.

Ricardo Boechat tinha 66 anos – Foto: Página Ricardo Boechat/Facebook

Helicóptero em situação regular

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por meio de nota, que o helicóptero que transportava o jornalista Ricardo Boechat se encontrava em situação regular junto a agência reguladora.

De acordo com a Anac, dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) mostram que o helicóptero estava com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido até maio de 2023 e a Inspeção Anual de Manutenção (IAM) em dia até maio de 2019, ou seja, a aeronave estava em situação regular.

O helicóptero acidentado é um modelo monomotor com capacidade máxima de quatro passageiros mais a tripulação, da fabricante Bell Helicopter. A aeronave, de matrícula PT-HPG, era de propriedade da RQ Servicos Aereos Especializados Ltda.

A Anac disse ainda que informações oficias da Aeronáutica confirmam que as licenças e habilitações de Ronaldo Quatrucci, de piloto comercial de helicóptero (PCH), estavam válidas.

“As investigações sobre as causas do acidente estão sendo conduzidas pelo Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), do Comando da Aeronáutica”, disse a Anac.

Acidente aconteceu em São Paulo – Foto: TV Globo/Reprodução

Boechat, um jornalista de estilo próprio

Nos anos 1970, Boechat começou no jornalismo no Diário de Notícias como assistente do colunista Ibrahim Sued. Do Diário de Notícias, seguiu com Sued para O Globo em que trabalhou por 14 anos. Também foi chefe de reportagem da Rádio Nacional, em 1973.

Boechat foi para o Jornal do Brasil, no início dos anos 1980, após briga com Sued. Logo depois retornou ao O Globo para assumir a Coluna do Swann. Ele teve uma breve passagem pela Secretaria de Comunicação do governo Moreira Franco, no Rio de Janeiro, em 1987.

Depois, ao voltar para O Globo, o jornalista ganhou sua própria coluna: Boechat. Nesta época, o jornal estabelecia a linha editorial de ter dois colunistas sociais de prestígio: Ricardo Boechat e Zózimo Barroso do Amaral.

Em 1997, passou a ser comentarista no telejornal Bom Dia Brasil, na Rede Globo. Nesta época, sua coluna era a mais lida no jornal carioca e uma referência nos jornais impressos, pautando dezenas de redações pelo país.

Em 2006, foi para o grupo Bandeirantes. Pela manhã, apresentava um programa com seu nome dividido em duas partes: uma nacional e outra dedicada ao Rio de Janeiro. À noite, era o âncora do Jornal da Band. Também escreveu para os jornais O Dia e O Estado de SPaulo.

Boechat teve diferentes cargos nas redações em que passou, mas sempre manteve a veia jornalística, talvez a sua maior característica profissional. Ele ganhou ganhou três prêmios Esso: em 1989, 1992 e 2001. Venceu oito vezes o Prêmio Comunique-se.

Flamenguista, foi atleta assíduo na pelada de fim de semana, que reunia artistas e jornalistas no Alto da Boavista, no Rio de Janeiro, durante muitos anos. Em 2008, escreveu Copacabana Palace: um hotel e sua história. Organizado por Cláudia Fialho, que por 17 anos foi relações públicas do hotel, o livro conta a história dos bastidores do cinco estrelas mais famoso do país.

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(Fonte: Agência Brasil)

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