O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária notificou órgãos municipais, estaduais e federais sobre a decisão de esvaziar a Barragem da Caatinga, em Engenheiro Dolabela, distrito de Bocaiuva. De acordo com o Incra, a decisão foi tomada após um “relatório que prevê a possibilidade de colapso da estrutura” da barragem.
A barragem de água foi construída na década de 1970 para ajudar na operação de uma indústria do ramo açucareiro e depois ficou sob responsabilidade do Incra. No ano de 2017, alguns problemas já tinham sido constatados na estrutura, como concreto que cedeu e foi arrastado pela chuva no vertedouro.
Segundo o Instituto, desde a criação do Assentamento Betinho na região, em 1998, o monitoramento da barragem é feito de forma constante. Moradores do assentamento, local onde a barragem foi construída, seriam diretamente afetados em caso de rompimento. O Instituto afirma que a comporta da barragem foi aberta para diminuir o nível da água e, com isso, diminuir ainda o risco de rompimento; o Incra não informou a capacidade total da barragem e quanto de água foi retirado com a abertura da comporta.
No ofício enviado aos órgãos, o Incra afirma que a barragem não contribui para o abastecimento humano dos assentados e nem para dessedentação animal, como forma de bebedouro. Consta ainda no documento que o “Incra tentou que órgãos municipais, estaduais e federais assumissem a gestão da barragem”, mas todas as tentativas foram frustradas. O Instituto não informou quando o relatório estrutural da barragem foi feito.
Representantes da Prefeitura e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto do Município (Saae) de Bocaiuva afirmaram que uma reunião está marcada para esta terça-feira (5) na sede do Incra, em Belo Horizonte, para tentar uma solução sem que haja a necessidade de esvaziamento total da barragem.
Foto: Reprodução/Inter TV
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(Fonte: G1 Grande Minas)
Vamos pagar mais uma vez pelo erro de outros, a barragem da caatinga é uma nascente do rio Jequitaí, com essa ideia de esvaziar vai afetar diretamente o rio.