Pelo menos 21 pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (3), durante operação realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A “Operação Hemostase” visa desarticular uma quadrilha que movimentava milhões de reais com a comercialização de vagas em cursos de medicina de faculdades particulares em Minas e Rio de Janeiro. Em Governador Valadares, no Leste de Minas Gerais, três pessoas foram presas.
Segundo as primeiras informações do superintendente de Investigações e Polícia Judiciária da PCMG, Jeferson Botelho,da Polícia Civil, as vagas negociadas para ingresso no curso de medicina custavam entre R$ 30 e 150 mil, dependendo da forma de ingresso na universidade.
A partir de investigações iniciadas há oito meses pela Delegacia Regional de Caratinga, no Leste de Minas Gerais, a polícia conseguiu na Justiça a expedição de 21 mandados prisão e outros 32 de busca e apreensão. Para cumprir a determinação judicial, 180 policiais civis mineiros estão espalhados por 17 cidades mineiras e fluminenses, incluindo as duas capitais. Um helicóptero e 38 viaturas compõem o aparato policial.
A operação foi denominada “Hemostase” em referência ao conjunto de procedimentos cirúrgicos para estancar uma hemorragia. O balanço final das prisões, com apresentação de suspeitos, distribuição de imagens e detalhamento de como funcionava o esquema, será divulgado no início da tarde desta terça, durante entrevista coletiva prevista para Caratinga.
Ainda segundo Jeferson Botelho, os presos na operação poderão responder por crimes como Associação Criminosa, Fraude de Certames de Interesse Público, Estelionato, Falsificação de Documentos Públicos e de Documentos Particulares, Falsidade Ideológica, Falsa Identidade e Lavagem de Dinheiro.
Via G1