Os motoristas que passam pela BR-251, especialmente no trecho que corta o Norte de Minas, convivem diariamente com os riscos que a rodovia oferece pela má conservação e estrutura precária. Uma das mais movimentadas do estado, 12 mil veículos passam pela 251 diariamente, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Quem precisa utilizar a estrada, cobra a tão esperada duplicação e investimentos maiores em segurança.
“A gente está subindo a serra, já vem caminhão ultrapassando na faixa contínua e quase bate de frente com a gente. Tem que duplicar esta pista o mais rápido possível, se não vai morrer muita gente”, afirma o caminhoneiro Milton Cássio da Silva.
São 310 km de Montes Claros até a BR-116. Um tráfego intenso de veículos diversos, especialmente caminhões que escoam produção do Sudeste ao Nordeste do país. Segundo a PRF, no trecho que corta o Norte de Minas, foram 121 acidentes, com 16 mortes, em 2017. Neste ano, até o mês de outubro, foram registradas 78 ocorrências, com 28 mortos.
Apesar dos dados e da insatisfação de quem usa a BR, não existe ainda previsão de uma grande melhoria para o local. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) afirmou em nota que não existe previsão de verba da União para 2019 que contemple a duplicação da BR, um dos principais pedidos de moradores e motoristas. A duplicação teria custo estimado em R$ 1 bilhão. O Ministério dos Transportes afirmou que a liberação de verbas depende da mobilização política dos representantes da região.
Rodovia tem alto índice de tragédias — Foto: PRF/Divulgação
Risco recorrente
A BR-251 é uma das mais importantes ligações rodoviárias e de escoamento de produtos do país. Usuários da rodovia convivem com constantes acidentes, especialmente no trecho entre Montes Claros e Salinas, onde o asfalto apresenta falhas, poucas áreas de escape e pista simples, em boa parte do percurso.
Em julho, oito pessoas morreram em um acidente envolvendo 11 veículos em uma serra no município de Francisco Sá. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, cinco carros de passeio, um ônibus e cinco carretas se envolveram em um engavetamento.
Em janeiro deste ano, 13 pessoas morreram e 39 ficaram feridas, após um caminhão invadir a contramão e atingir um micro-ônibus que estava na direção oposta. Uma van e uma carreta também acabaram sendo atingidas pelo caminhão.
Em março, um acidente na mesma BR deixou três pessoas mortas e cinco gravemente feridas após um carro de passeio ser atingido por uma carreta carregada de bobinas de aço. O condutor da carreta havia ingerido bebida alcoólica.
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(Fonte: G1 Grande Minas)