Estudo publicado na revista Nature, uma das mais conceituadas no meio científico, mostra a importância de atividades físicas regulares na redução de casos e das mortes causadas por câncer de mama. Mortality and years of life lost due to breast cancer attributable to physical inactivity in the Brazilian female population (1990–2015) revela que a prática regular de exercício poderia ter poupado a vida de 12% das mulheres que morreram da doença entre 1990 e 2015 no Brasil.
De acordo com o estudo, elaborado com a colaboração do Ministério da Saúde, a prática de uma caminhada de 30 minutos por dia, cinco vezes por semana, teria evitado 2.075 mortes decorrentes do câncer apenas em 2015. Com os exercícios, ocorre uma diminuição do estradiol e um aumento na globulina de ligação a hormônios sexuais, o que provoca redução de inflamatórios e aumento das substâncias anti-inflamatórias.
Hábitos saudáveis
Além do sedentarismo, outros fatores de risco são o uso de álcool, índice alto de massa corporal e uma dieta rica em açúcar. Esses itens, segundo a pesquisa, são responsáveis por 6,5% dos óbitos por câncer de mama. “A adoção de um estilo de vida saudável evitaria 39% das mortes por doença crônica, que responde por 76% das causas de morte no Brasil, sendo a promoção da saúde uma política com baixo custo e com grande impacto populacional”, afirmou a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho.
Uma das iniciativas do governo para mudar essa realidade começou em 2011, quando os municípios passaram a receber recursos financeiros para implantar o programa Academia da Saúde. O programa tem 3,8 mil polos habilitados, onde a população pode contar com uma infraestrutura e equipamentos adequados, além de profissionais qualificados para promover práticas corporais e atividade física, promoção da alimentação saudável e educação em saúde.
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(Fonte: Governo do Brasil)