Defesa do homem que esfaqueou Jair Bolsonaro diz que vai alegar insanidade mental

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A defesa de Adélio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o candidato Jair Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora na quinta-feira (6), vai alegar à Justiça Federal que o cliente tem histórico de tratamento psiquiátrico e sofre de insanidade mental. Zanone Manuel de Oliveira Junior é um dos quatro defensores que assumiram o caso e não revelam por quem foram contratados. “Meu cliente acha que fez um bem à nação brasileira, pasmem, pasmem”, disse se referindo à condição de Oliveira.

A declaração foi dada em Belo Horizonte na noite de sábado (8). O advogado também justifica que o agressor já fez uso de medicação.

“Primeiro que ele tem um histórico pretérito de uso de medicação controlada, tarja preta. Ele nos relatou isso. Ele já fez várias consultas com neurologista, inclusive acompanhamento com psiquiatras. Isso nos foi passado por ele. Além disso, ele disse que foi Deus que mandou. Ou seja, se ele está ouvindo vozes, aqui a gente tem aquela figura de delírios persecutórios”, afirmou.

Ainda segundo Zanone, Oliveira precisa ser submetido a uma banca para avaliação psiquiátrica. “O que a banca vai analisar é, se no momento que o meu cliente ele erigiu a sua mão, ostentando uma faca e golpeou o presidenciável Jair Bolsonaro, se ele tinha condição de discernir o certo do errado, se ele era portador de doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado”, justificou.

O advogado, que trabalhou nos casos do goleiro Bruno e da missionária americana Dorothy Stang, disse, no sábado (8), à reportagem do Jornal Nacional que foi contratado por um homem de Montes Claros, que seria da mesma igreja do agressor. Também estão na defesa Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, Fernando Costa Oliveira Magalhães e Marcelo Manoel da Costa.

Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, está preso e confessou o crime. Ele foi transferido para o presídio federal de Campo Grande (MS), onde ficará isolado.

Zanone é um dos advogados do acusado de esfaquear Bolsonaro (Foto: Reprodução/TV Globo)

Sigilo sobre pagamento

Os defensores não revelam o nome da pessoa por quem foram contratados para defender Oliveira, nem o valor recebido. “A pessoa me procurou, pediu anonimato, pediu sigilo e nos pediu, no primeiro momento, que a gente acompanhasse a diligência, só aquele flagrante, aquela parte do inquérito policial. Assim foi feito e aqui nós estamos”, disse Junior.

Ele afirmou também que o trabalho da defesa não tem relação alguma com partidos políticos ou nomes públicos conhecidos. Mas que o contratatante tem um viés religioso com Oliveira, contudo não se trata de uma igreja. “O sujeito nos contatou dizendo que tinha um certo laço via religião com o Adélio”, disse.

Durante todo o sábado (8), circularam nas redes sociais suspeitas contra os advogados, indagando quem estaria por trás da contratação deles. No fim da tarde, a Ordem dos Advogados do Brasil de Barbacena, na Zona da Mata de Minas, divulgou nota de repúdio sobre as suspeitas levantadas nas redes sociais em relação aos advogados.

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(Fonte: G1 Minas)

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