O número de pessoas feridas por escorpião em Montes Claros aumentou em 75% no mês de fevereiro deste ano em relação ao mesmo período no ano passado. De acordo com o Hospital Universitário Clemente de Faria, foram registrados 196 casos e na mesma época de 2017, foram 112. Nos dois primeiros meses deste ano, 389 pessoas já procuraram a Unidade após serem picadas por escorpião. De janeiro a dezembro de 2017, o registro foi de 2.148 casos, sendo que a maior incidência foi no mês de dezembro com 305 atendimentos.
Para evitar que o animal se prolifere, é necessário manter ambientes limpos, sem acúmulo de lixo doméstico e restos de construções. Ralos devem permanecer fechados e tanques e pias também devem ter as saídas de água bloqueadas. “O escorpião é um animal de hábitos noturnos, e que durante o dia se esconde em locais escuros, quentes e úmidos, como pedras, tijolos, troncos, madeira empilhada e resto de entulho. São carnívoros, se alimentando de insetos e aracnídeos. O escorpião-amarelo tem grande predileção por baratas e, por isso, é importante eliminar a fonte de alimento”, explicou o biólogo Daniel Dias.
Nessa quinta-feira (15), uma mulher de 46 anos foi picada no tórax por um escorpião da espécie amarelo, no Bairro Camilo Prates. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, levada até o Hospital Universitário e liberada, segundo a assessoria. Segundo o biólogo, o escorpião-amarelo é partenogenético. “Todos animais são fêmeas e procriam sem precisar de machos que as fecundem. Elas podem produzir até 20 filhotes por ano”, reforçou.
Todos as espécies de escorpiões são venenosas, mas é necessário atendimento médico especializado apenas nos casos de picadas por escorpião-amarelo, escorpião marrom e escorpião do Nordeste. “O veneno desses escorpiões podem matar uma criança, idoso ou uma pessoa com saúde debilitada. Outros escorpiões têm veneno, mas o veneno não causa complicações graves ao ser humano. Nesse caso, o veneno faz mal para presa dele ou outro predador, mas não para seres humanos”, detalhou o biólogo.
Em Montes Claros, quem for picado por um escorpião deve procurar imediatamente o Hospital Universitário, referência no atendimento a vítimas de peçonhentos. É importante também notificar o Centro de Controle de Zoonoses, pelo telefone (38) 2211-4400, para controle e monitoramento dos focos.
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(Fonte: G1 Grande Minas / Repórter: Juliana Peixoto)
