A Polícia Militar de Meio Ambiente notificou a prefeitura de Pirapora, no Norte de Minas, para suspender as podas drásticas de árvores no município. A PM explicou que as podas menores podem ser realizadas normalmente. O problema começou nesta semana, após parte da população se revoltar com o corte de galhos em algumas árvores da espécie ficus elástica, árvore que se assemelha com a gameleira, plantadas em uma avenida próximo da orla do Rio São Francisco.
“Isso gerou uma revolta muito grande na população. Eles cortaram sem nenhuma cautela. Algumas árvores podadas têm cerca de 80 anos e não deram o motivo para isso”, lamenta o morador Diogo Alves Lopes.
De acordo com a PM, o município não fez nenhuma comunicação para realizar os cortes e, para que seja reiniciado, será necessário que o município solicite a autorização junto ao órgão. Para o ambientalista Roberto Mac Donald, a poda foi excessiva e desnecessária, já que as plantas não apresentavam riscos de quedas nem galhos secos.
“São árvores sadias, que não apresentavam problema nenhum. O corte foi feito sem nenhuma observação; cortaram apenas um lado. Tem de compensar o peso. São muitas toneladas ali, não tem como mensurar. Infelizmente, da forma que está pode cair a qualquer momento”.
Outro ponto citado pelo ambientalista é o período em que a poda foi realizada. “O período propício para as podas é o mês de agosto. Agora, as raízes estão nutridas e, com o corte, provocam a perda excessiva da seiva”.
Árvore foi plantada na década de 1950 (Foto: Haroldo Lage/Reprodução G1)
O que diz a prefeitura
O secretário de infraestrutura e urbanismo, Ildemar Cordeiro, reconheceu nesta quinta-feira que a poda foi excessiva, mas afirmou que o erro foi da empresa licitada para o serviço. “Realmente eles pesaram a mão um pouco mais. Foram cinco ou seis árvores que tiveram este corte excessivo, mas já conversamos com o rapaz responsável pela empresa e ele se prontificou a observar o que foi pedido pela secretaria”.
Ainda de acordo com Cordeiro, a empresa realizou em 2017 as podas em cerca de 200 árvores em diversos pontos no município, e em nenhuma delas foi diagnosticada irregularidade. O trabalho, segundo o secretário, é acompanhado por servidores da prefeitura. “A poda excessiva foi realizada em apenas dois dias, nesta semana. Infelizmente, o servidor nosso que acompanha está de férias e nestes dias não tinha ninguém acompanhando o trabalho da empresa. Nós já estamos indicando outra pessoa para acompanhar estas podas”.
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(Fonte: G1 Grande Minas / Repórter: Valdivan Veloso)