Peixes, aves e mamíferos são encontrados mortos após chuva de granizo no município de Francisco Dumont

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Dez espécies de peixes encontrados mortos no Rio Riachão, em Francisco Dumont, foram levados para um laboratório em Montes Claros, na manhã desta quarta-feira (4/10/2017), para passarem por uma análise. Os peixes fazem parte de uma amostra de cardumes que estão morrendo ao longo do rio. Até o momento, os peixes mortos foram encontrados na Comunidade Larga, Boqueirão, Distrito de Convancas até a Comunidade de Água Branca. Ao todos, são 20 quilômetros de extensão onde os peixes foram encontrados.

A Secretaria de Meio Ambiente de Francisco Dumont foi acionada pela população ribeirinha após uma forte chuva de granizo que ocorreu no sábado (30). O secretário foi ao local, com o presidente do Instituto Serra do Cabral, e a equipe constatou a morte de inúmeras galinhas, aves silvestres e gado. A chuva durou aproximadamente cinco minutos e danificou plantações, pasto, telhados de casas e curral. Em alguns pontos do município, o granizo atingiu 30 centímetros de altura. Nenhuma pessoa ficou ferida.

“Recebemos diversas ligações e, juntamente com o Instituto Serra do Cabral, passamos a terça-feira vistoriando o local; nossa preocupação é da água ter sido contaminada e a população ribeirinha ser prejudicada. Parte da população acredita que as mortes podem ter ocorrido em função de algum choque térmico, já que houve acúmulo de gelo. Mas nós precisamos confirmar o motivo das mortes, tecnicamente, para preservar a população e os animais que sobreviveram e se hidratam com a água do rio”, explicou o secretário, Ademilson Rosa Lopes.

A prefeitura de Francisco Dumont emitiu uma nota orientando a população que mora na beira do rio a não consumir água nem os peixes do rio, até que o laudo seja emitido. A Defesa Civil está na cidade e fornecerá água em caminhões pipa para a população, em parceria com a prefeitura. Ainda não há previsão de quando o laudo ficará pronto.

O Ministério Público e o IGAM serão acionados pela secretaria e ISC para acompanharem o caso. Há suspeita de que, com as chuvas, os agrotóxicos de plantações da região tenham atingido o rio. “O Instituto foi criado em 2007 justamente para combater crimes ambientais. Nós estamos acompanhando o caso para ajudarmos nos trâmites da apuração do que ocorreu com os peixes”, disse o presidente do Instituto, Genésio Alves Fonseca Filho, também presidente do Codema de Francisco Dumont.

Peixes mortos foram levados para análise (Foto: Divulgação/Secretaria de Meio Ambiente)

Aves também foram encontradas mortas (Foto: Divulgação/Secretaria de Meio Ambiente)

Temporal causou estragos no município (Foto: Divulgação/Secretaria de Meio Ambiente)

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(Fonte: G1 Grande Minas)

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