A principal fonte de abastecimento do município de Montes Claros, a Barragem de Juramento, atingiu o seu nível mais crítico, com apenas 18,5% da capacidade total. E como as perspectivas para chuvas regulares são baixas, a Copasa aumentou o período de racionamento de água para os moradores de Montes Claros.
A partir das 22 horas desta sexta-feira (22), o regime de fornecimento será de 48 horas sem abastecimento e 24 horas com abastecimento. Antes, o período de interrupção era de 30 horas e o de abastecimento, de 18. O superintendente da Copasa, Roberto Luiz Botelho, disse ao G1 que a redução no consumo de água no período anterior foi de apenas 6,5%.
“Houve queda nos mananciais, mas não houve redução de consumo. As pessoas começaram a armazenar muita água em casa e isso, inclusive, desequilibrou o sistema de abastecimento em partes altas da cidade”, explicou. Atualmente, a cidade é divida em três regiões de abastecimento e os dados do rodízio são postados semanalmente no site da empresa (www.copasa.com.br).
Outra medida contra a falta de água adotada pela Copasa é a não-venda de caminhões-pipas. Até agosto, a água poderia ser comprada. Segundo o superintendente, agora, a venda está proibida e os carros-pipas irão abastecer apenas os chamados serviços essenciais, como hospitais, creches e escolas.
Nível da barragem atingiu nível crítico (Foto: Copasa/Divulgação)
Barragem de Juramento
Atualmente, a barragem de Juramento, responsável por aproximadamente 67% do abastecimento de água no município de Montes Claros, está com 18,5% da capacidade total. Segundo a Copasa, este é o menor nível da história neste período do ano. O menor percentual, até então, foi registrado no ano passado, com 36% da capacidade. Como medida de sobrevida da barragem, a companhia diminuiu a retirada de água.
“É praticamente a metade. Isso demonstra que temos de retirar menos água. De 370 litros por segundo passamos para 320. Esta redução preserva a barragem para o período chuvoso, próximo da segundo quinzena de outubro. Mas as previsões não são animadoras; a média esperada de chuva é a mesma do ano passado e, em 2016, a barragem subiu apenas 2%, de 36 para 38%”, explicou.
Para abastecer Montes Claros, sem rodízio, é necessária a vazão de 885 litros de água por segundo. Atualmente, a captação de água é de apenas 605 litros por segundo. A defasagem é de 32%. Segundo Roberto Luiz Botelho, os poços artesianos geram 80 litros por segundo e o sistema Morrinhos, que gerava 280, passou a gerar 205. Isto porque o nível do reservatório caiu e também porque houve um roubo no transformador da energia, que diminuiu em 30 litros por segundo.
Vazamentos
Em 2014, a Copasa apresentou um estudo de perda de água por vazamento nas tubulações de 40,2%. Em julho de 2017, o mesmo dado apresentado foi de 33,3%. Segundo a empresa, alguns trechos da rede ainda são de tubulações de ferro e que entopem e apresentam vazamentos. Cerca de 180 Km de rede estão sendo substituídos em obras na cidade, como nos Bairros Edgar Pereira e Alto São João.
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(Fonte: G1 Grande Minas / Juliana Peixoto)