Se tiver fim, o estoque de explicações de Mano Menezes está próximo de acabar. Nesta quinta-feira, sua estratégia voltou a falhar e o Cruzeiro conheceu a segunda derrota consecutiva no Brasileirão, desta vez para o Bahia, por 1 a 0, na Fonte Nova, em Salvador. O treinador preteriu Murilo Cerqueira e escalou Henrique na defesa. No entanto, viu seu capitão ser expulso antes dos 10 minutos de jogo. Com um a menos por mais de 80 minutos, a Raposa ainda conseguiu superar o desgaste físico, equilibrar o confronto e oferecer algum perigo ao Tricolor, mas sem resultado efetivo.
Com a segunda derrota consecutiva na Série A, o Cruzeiro caiu para a 10ª colocação da competição, com sete pontos ganhos. Na próxima rodada, reencontra seu torcedor no Mineirão para receber o Atlético-GO, que venceu sua primeira partida no Brasileirão nesta quinta-feira (3 a 0 sobre a Ponte Preta, em Goiânia). O duelo está marcado para domingo, dia 11, às 18h30.
Atletas comemoram gol contra o Cruzeiro (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação Bahia)
O jogo
Com muitas mudanças na formação, o Cruzeiro teve começo absolutamente desastroso contra o Bahia. Talvez os piores 20 minutos inicias do time na temporada. Aos 3’, Leo cometeu falha bisonha e quase entregou o gol ao adversário. O árbitro, porém, viu toque de mão de Zé Rafael na dividida. Aos 7’, foi Diogo Barbosa que se complicou na tentativa de sair jogando e cedeu escanteio ao rival. Dois minutos depois, o primeiro grande castigo. Improvisado na zaga, Henrique – escolhido por Mano para substituir Dedé, com desgaste físico – precisou corrigir erro de passe de Leo e parou Edigar Junio com falta na entrada da área. Como era o último homem, foi expulso por Wagner do Nascimento Magalhães.
Com um jogador a mais e dono das principais ações do jogo, rodando a bola com técnica, o Bahia não demorou a abrir o placar. Zé Rafael, jogador mais criativo do Tricolor na partida, encontrou Allione na esquerda e o argentino serviu Edgar Junio na pequena área. O atacante se antecipou ao goleiro Fábio e marcou de cabeça. 1 a 0. Aproveitando o meio-campo do Cruzeiro completamente desorganizado, o Bahia avançou a linha de marcação e controlou a posse de bola – chegou a ter 65%. Mano, que havia deslocado Ariel Cabral para a zaga depois da expulsão de Henrique, precisou retornar com o argentino para sua função de origem e substituir Ramón Ábila por Murilo Cerqueira, jovem zagueiro da base, preterido na formação inicial do time.
Com a mudança, realizada aos 31’, o Cruzeiro conseguiu equilibrar o jogo pela primeira vez. Quatro minutos depois da alteração, o time teve sua primeira e única oportunidade na etapa inicial. Alisson fez boa jogada pela esquerda e deu assistência para Robinho. A finalização do meio-campista parou nas mãos de Jean. Na volta do intervalo, sem deixar de propor e marcando em linha média, o time teve capacidade de manter a constância. Aos 15’, Thiago Neves perdeu chance rara. O camisa 30 recebeu de Robinho na pequena área, venceu o arqueiro baiano na finalização, mas teve a bola rebatida pelo zagueiro Matheus Reis, quase dentro do gol.
Surpreendentemente, quem manteve volume e controlou as ações ofensivas foi o Cruzeiro. Principalmente sob o comando de Robinho, muito participativo em seu retorno como titular do time. O Bahia conseguiu aproveitar um contra-ataque, aos 27’. Matheus Reis cruzou da esquerda e Murilo quase marcou contra. A bola bateu na trave. Cedendo mais espaços, naturalmente, Mano Menezes viu o Bahia crescer novamente diante do desgaste da equipe celeste, que perdeu Thiago Neves e Robinho justamente por cansaço.
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(Fonte: Super Esportes / Tiago Mattar)