Quatrocentos empregos temporários serão gerados durante os 11 meses de obras para o religamento do Alto-Forno 1 da Usiminas, na usina de Ipatinga, no Vale do Aço. Outros 120 serão criados para operar o monumental equipamento quando ele voltar a funcionar, em abril de 2018. Segundo o presidente da siderúrgica, Sérgio Leite, parte dos R$ 80 milhões que serão investidos na reativação do alto-forno ficará na região, movimentando o comércio local, uma antiga demanda dos prefeitos e parlamentares do Vale do Aço.
“O Conselho de Administração aprovou por unanimidade o religamento do Alto-Forno 1. Conversei com prefeitos e parlamentares do Vale do Aço, que receberam muito bem a informação, pois o investimento vai incrementar a economia regional”, afirmou Leite.
O religamento vai garantir elevação de algo entre 500 mil toneladas e 600 mil toneladas à produção anual de ferro-gusa da Usiminas. O montante, segundo o presidente da empresa, representa aumento de 20% na produção.
O retorno das atividades do Alto-Forno 1 é reflexo de fôlego a ser tomado pelo setor siderúrgico no ano que vem. Segundo projeções, a demanda interna do país por aço vai crescer 10% em 2018, puxada pela tão esperada recuperação econômica de 2,5%, estimada pelo Boletim Focus, do Banco Central.
Estrutura
Em Ipatinga, são três altos-fornos. Dois com nível de produção diária de duas mil toneladas de ferro-gusa e um terceiro com nível de produção diária de 7 mil toneladas. Apenas o 1, que estava entre os menores, havia sido desligado. Ele foi desligado em abril de 2015 devido à retração do mercado siderúrgico. Além dele, a Usiminas abafou um equipamento em Cubatão (SP), que segue sem previsão de religamento.
Com relação ao clima tenso vivenciado pelos sócios da Usiminas Ternium e Nippon Steel, o presidente da companhia afirmou que no Conselho de Administração as decisões são técnicas e visam o melhor para a empresa.
Musa
Ainda ontem, a Usiminas divulgou ao mercado Fato Relevante informando que a redução do capital da Mineração Usiminas (Musa), de R$ 1 bilhão, foi aprovada pela Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg). Dessa forma, a Usiminas já pode acessar R$ 700 milhões do caixa da Musa. A Sumitomo Corporation, sócia da siderúrgica na empresa, terá acesso aos R$ 300 milhões restantes.
A entrada do dinheiro no caixa da Usiminas era uma das condições dos bancos para que a dívida da companhia junto a eles pudesse ser renegociada. Até setembro do ano passado, quando um acordo de renegociação foi assinado, a companhia tinha dívida líquida de R$ 4,6 bilhões.
Religamento vai incrementar em 20% a produção anual de ferro-gusa (Foto: Daniel Mansur/Usiminas)
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(Fonte: Hoje em Dia / Reportagem: Tatiana Moraes)