Felino ferido é resgatado em rodovia no município de José Gonçalves de Minas

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Um gato-maracajá (Leopardus wiedii) foi resgatado nesta quinta-feira, 06 de abril, na LMG-677, entre José Gonçalves de Minas e o Distrito de Ijicatu, no Vale do Jequitinhonha. O animal, segundo informações da Polícia Militar (PM), estava com uma das patas quebrada e está recebendo os cuidados necessários.

De acordo com a PM, o felino foi avaliado por um veterinário e está abrigado em Turmalina. Os policiais fizeram contato com as unidades do IBAMA e IEF em Montes Claros e conseguiram um profissional para fazer o procedimento cirúrgico necessário. Após a recuperação, o animal será libertado em seu habitat natural.

Animal foi resgatado em José Gonçalves de Minas (Foto: Divulgação/PM)

Gato-maracajá

De acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica, o gato-maracajá é um felino nativo da América Central e América do Sul. A cauda dessa espécie representa cerca de 7% do seu comprimento e é mais longa do que seus membros posteriores. Os olhos são grandes e protuberantes, as patas também são grandes, em comparação com o tamanho do animal. Aparenta ser uma miniatura de Jaguatirica. Os seus pelos são amarelo-escuros nas partes superiores do corpo e na parte externa dos membros. Tem manchas sob a forma de rosetas com uma região central amarela por todo o corpo, da cabeça à cauda.

O nome “Maracajá” deriva do tupi: mbaraka’ya. Dentre suas habilidades, o gato-maracajá pode caminhar nas pontas dos galhos dos arbustos. Também possui grande capacidade de salto e suas garras são proporcionalmente mais longas do que as da jaguatirica. O período de gestação é de 81 a 84 dias, e a expectativa de vida é de cerca de 13 anos. Tem capacidade de virar em 180 graus as articulações do tornozelo, o que o possibilita transitar com facilidade entre troncos e árvores. Seus hábitos são noturnos e alimenta-se de pequenos roedores e aves, que caça nas árvores.

Ele consegue imitar o som de suas presas para atraí-las, como o chamado de filhotes de saguis da espécie Saguinus bicolor (soim-de-coleira), atraindo, dessa forma, os adultos para uma emboscada.2 3 Recentemente, cientistas descobriram que ele também consegue imitar os sons de alguns pássaros e roedores.

No Brasil, o gato-maracajá ocorre nos biomas Amazônia; Cerrado; Mata Atlântica; Pampa e Pantanal. É classificado como vulnerável (VU) à extinção pelo ICMBio.

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