A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) apresentou o balanço final das ações de segurança do Carnaval 2017. De acordo com os dados levantados pela corporação, os casos de roubos, crimes violentos e homicídios registrados durante a folia caíram, sobretudo na capital mineira, que registrou um público recorde de cerca de três milhões de foliões.
Os números confirmam que, mesmo com o aumento exponencial de turistas, blocos e foliões, as ações da PMMG surtiram efeito. Para que isso fosse possível, um extenso e planejado trabalho foi feito pela corporação com campanhas de conscientização, ações educativas e atendimento à imprensa.
Entre outras ações, a PMMG realizou sobrevoos de helicópteros, intensificou as operações, setorizou as ações de segurança, usou as bases comunitárias móveis, lançou mão de recursos logísticos, utilizou tecnologias de vigilância, concentrou efetivos em locais de maior aglomeração e serviu-se de estratégias de aproximação com as comunidades. Soma-se a isso a ideia de intensificar a presença policial nos blocos cadastrados.
“Mesmo assim, quando encontrávamos um bloco que não era cadastrado, nos organizávamos para ter um mínimo de segurança”, enfatiza o major Flávio Santiago, chefe da Sala de Imprensa da PMMG. Para o major, a principal medida que contribuiu para os resultados positivos foi o grande empenho de toda a corporação. “Tivemos o emprego maciço de militares em todas as noites, onde conseguimos trabalhar com a integralidade da corporação nas atividades urbanas e rodoviárias”, salientou.
O major ressalta ainda que, ao todo, a PMMG acompanhou 600 desfiles carnavalescos por todo o estado e que a corporação conseguiu atender 97% das ligações do 190 entre 5 segundos e 10 segundos. “Isso demonstra o aumento da nossa capacidade de resposta à sociedade”, frisou.
“Nos bairros, a maioria do público que compareceu foi formado por famílias. Conseguimos ter tranquilidade e segurança para a maioria dos foliões”, diz o coronel Winston Coelho Costa, comandante de Policiamento da Capital, que também atribui os resultados aos recursos disponibilizados pelo Estado e à estratégia de colocar um contingente maior de militares nas ruas.
O coronel também afirmou que, em situações de brigas, a intervenção da PMMG sempre foi imediata e permitiu o rápido controle do tumulto, com exceção do ocorrido na noite de terça-feira (28/2) na Praça da Estação, em Belo Horizonte. “Era um público diferente, que descia dos ônibus em grupos, já apresentando certa agressividade na abordagem das pessoas e se dirigindo à praça. Um impasse desses grupos acabou atrapalhando a folia da maioria das pessoas que estava lá para se divertir”, relatou.
Segurança em todo o estado
Nos cinco dias de Carnaval, o número de roubos em Belo Horizonte caiu 42% em relação à folia do ano passado. Foram 481 ocorrências neste ano, ante 825 em 2016. Os crimes violentos também caíram de forma expressiva (-43%), passando de 874, em 2016, para 499 este ano. E agora em 2017 foram registrados três homicídios, queda de 80% em relação ao ano passado, quando houve 14 mortes.
Ainda na capital, houve queda de 2% no número de furtos. A PMMG atribui a baixa redução ao próprio comportamento dos foliões. “A maioria das vítimas se mostrou potencialmente suscetível. Pudemos perceber que a maioria estava sob forte efeito de álcool”, frisa o comandante da Diretoria de Apoio Operacional (Daop), coronel Mauro Lúcio de Moura Alves.
A redução das ocorrências também foi verificada em todo o estado, incluindo a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde os crimes violentos passaram de 1.369 para 853 (queda de 37%), os roubos de 1.267 para 798 (38% a menos) e os homicídios de 34 para 15 (55% de redução). Em Minas Gerais, os crimes violentos caíram 27% (de 2.298 para 1.674), os roubos, 25% (de 1.990 para 1.490), e os homicídios, 31 (86 para 59).
Ainda de acordo com a PMMG, aumentou o número de presos no estado: 4.349 este ano, ante 3.589 em 2016. Foram apreendidas 373 armas de fogo neste Carnaval, aumento de quase 10% em relação a 2016. Foi registrada também queda na quantidade de furto de celulares – 10% no estado e 25% em BH. “Quando você aumenta o número de batidas e operações se tem um ganho, retorno na apreensão de armas e drogas”, pontuou o major Santiago.
Rodovias
Nas estradas também foi mantido um policiamento ostensivo. Os condutores de veículos foram orientados, tanto nas rodovias estaduais quanto dentro do perímetro urbano. As operações conscientizaram os condutores sobre a importância de não deixar pertences e objetos de valor no interior de veículo, já que muitas pessoas se deslocaram para participar dos blocos e poderiam se descuidar da segurança.
No período do Carnaval, a Polícia Militar Rodoviária realizou um total de 4.422 operações nas rodovias de Minas Gerais, sendo 423 operações de Lei Seca. Foram aplicados 5.325 testes de etilômetro, com 92 prisões por embriaguez ao volante. Quase 75 mil veículos foram fiscalizados nas estradas.
No feriado foram registrados 389 acidentes nas rodovias estaduais, com 424 pessoas feridas e 21 mortos. Houve uma redução de 5,7% no número de acidentes com vítimas não fatais, passando de 228 para 215. A redução de acidentes com vítimas fatais caiu 10%, 20 para 18.
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(Agência Minas)