O Brasil, os estados e os municípios estão em crise, principalmente devido a gestão irresponsável e a corrupção. O País está afundado em dívidas, déficits orçamentários e esta bomba acaba estourando na mão do cidadão com aumento de impostos, desemprego, cortes de ações sociais, saúde, segurança, dentre outros. Apesar de todos estes problemas, agora é o momento dos verdadeiros gestores e do cidadão serem criativos e serem inovadores. A história nos mostra que ao longo dos séculos, os povos do hemisfério norte do planeta se desenvolveram por conta das grandes pressões ambientais. Eles tinham apenas duas opções: desenvolver tecnologias para encarar as pressões ambientais adversas ou morrer. A nossa crise não é ambiental mas financeira e social. Temos que olhar as saídas da crise não apenas olhando para o país mas também para fora dele. Ano passado tivemos um dos maiores saldos financeiros da balança comercial, diferença entre exportação e importação. Devemos aprender que dificilmente acabaremos com a crise sozinhos e que trabalhando em grupo as chances aumentam, e muito. Para isto as pessoas devem se organizar em associações e cooperativas, os município se organizarem também em associações e torna-las fortes e efetivas para o desenvolvimento econômico e social das regiões e não apenas para uso político.
O pensamento independente e egoísta deve dar lugar ao pensamento coletivo com benefício de todos. As cidades polos regionais, por exemplo, maiores e mais estruturadas podem não perceber mas dependem, e muito, das cidades menores que compõem a sua região administrativa, pois grande parte da sua receita gerada pelo comércio e pelos serviços é originária das populações destas cidades.
O mundo depende de nós, dependem do nosso minério de ferro, da nossa soja, da nossa carne, de nossos recursos. Meio ambiente, aquecimento global, sequestro de carbono, questões primordiais nas discussões globais podem gerar muitos recursos e empregos para o país. Podemos gerar recursos financeiros, empregos e renda pois somos um país muito atrativo por conta da nossa grande diversidade ambiental, cultural e de recursos. Esperamos que os nossos novos gestores vislumbrem estas nossas possibilidades.
Quem é Alexandre Sylvio Vieira da Costa?
– Nascido na cidade de Niterói, RJ;
– Engenheiro Agrônomo Formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro;
– Mestre em Produção Vegetal pela Embrapa-Agrobiologia/Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro;
– Doutor em Produção Vegetal pela Universidade Federal de Viçosa;
– Pós doutorado em Geociências pela Universidade Federal de Minas Gerais;
– Foi Coordenador Adjunto da Câmara Especializada de Agronomia e Coordenador da
Comissão Técnica de Meio Ambiente do CREA/Minas;
– Foi Presidente da Câmara Técnica de eventos Críticos do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Doce;
– Atualmente, professor Adjunto dos cursos de Engenharia da Universidade Federal dos
Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Campus Teófilo Otoni;
– Blog: asylvio.blogspot.com.br
– E-mail: alexandre.costa@ufvjm.edu.br