Um botijão de gás ajudou a Polícia Civil a desvendar o assassinato de Olavo Nunes dos Santos, de 53 anos, ocorrido em 3 de novembro em Montes Claros (MG). O investigado pelo crime é o sobrinho dele, Reginaldo dos Santos, de 34. Ele foi apresentado durante uma coletiva de imprensa realizada na quinta-feira (24/11/2016).
Segundo o delegado Bruno Rezende, Reginaldo dos Santos foi visto saindo da casa do tio com uma bicicleta e um botijão e gás. Os policiais conseguiram chegar até uma pessoa que confirmou ter comprado o botijão dele, por R$ 80. O investigado tinha a intenção de roubar o dinheiro que o tio havia recebido após prestar serviços para um comerciante. O dinheiro e a bicicleta não foram recuperados.
“A oitiva das testemunhas que presenciaram ele saindo da residência, e da testemunha que confirmou a venda do botijão de gás, foi crucial para que a gente identificasse que ele estava na residência subtraindo os objetos do tio”, explica o delegado.
De acordo com as investigações, Olavo Nunes dos Santos foi morto com pauladas na cabeça; o corpo estava em cima de uma cama. Um pedaço de madeira de um metro foi apreendido ao lado dele. Ele foi encontrado por pessoas que estranharam o desaparecimento dele.
No dia do crime, Reginaldo dos Santos chegou a ser levado para a delegacia, ele negou o crime e foi solto. Ao ser preso nesta quinta, acabou confessando o homicídio.
“Hoje, com a prisão e apresentação das provas disponibilizadas na investigação, ele confessou alegando que agiu em defesa em relação ao comportamento violento do tio. Mas o que a investigação mostra é que ele esteve na residência já para praticar o crime e a subtração dos objetos e do dinheiro”, explica Bruno Rezende.
Apesar da afirmação de Reginaldo sobre o comportamento violento do tio, de acordo com a Polícia Civil, não havia desentendimentos entre eles e a vítima não tinha esse tipo de conduta.
Após o crime, Reginaldo continuava morando com o filho de oito anos na mesma casa que fica em um terreno onde também há residências de outras pessoas da família. O menino ficou sob os cuidados da avó.
Bruno Rezende diz que os familiares contaram que suspeitavam de que Reginaldo havia cometido furtos nas residências deles e tinham medo que ele pudesse mata-los, assim como fez com o tio.
Reginaldo dos Santos deve ser indiciado por latrocínio e pode pegar de 20 a 30 anos de prisão.
Reginaldo dos Santos foi preso em casa, na Vila Anália (Foto: Michelly Oda/G1)
(Fonte: G1 Grande Minas)
