A matemática do Campeonato Brasileiro ainda não permite dizer que o Cruzeiro está livre do rebaixamento à Série B, mas o triunfo apertado por 1 a 0 sobre o Sport, nesta quarta-feira (16/11/2016), na Ilha do Retiro, praticamente selou a permanência do time celeste na elite nacional. Isso porque uma possível queda dependeria de tropeço cruzeirense nos três últimos jogos (Santos, Internacional e Corinthians), além de aproveitamentos beirando a perfeição do próprio Sport e de clubes como Vitória e Inter.
Fora de casa, a Raposa contou com a sorte para vencer o duelo válido pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Quando a partida estava empatada sem gols, o Sport teve a oportunidade de abrir o placar aos 41min do primeiro tempo. Só que Diego Souza, em cobrança de pênalti, acertou o travessão. E na resposta do Cruzeiro, o volante Henrique marcou o gol da vitória.
Com 47 pontos e em 11º lugar, a Raposa abriu nove de vantagem sobre o 17º colocado Internacional, primeiro clube do Z4, que ainda jogará contra a Ponte Preta nesta quinta-feira, às 21h, no Beira-Rio, em Porto Alegre. Na tabela de classificação, os comandados de Mano Menezes podem inclusive sonhar com vaga na Copa Libertadores, pois estão a cinco pontos do sexto colocado Atlético-PR.
No próximo domingo, às 17h, o Cruzeiro receberá o Santos, no Mineirão, pela 36ª rodada. No mesmo horário, o Sport visitará o Atlético-PR, na Arena da Baixada. O Leão da Ilha ocupa o 15º lugar, com 43 pontos.
Henrique marcou o gol da vitória (Foto: Anderson Stevens/Light Press/Cruzeiro)
O jogo
Sport e Cruzeiro entraram em campo com o mesmo objetivo: vencer para se afastar ainda mais da zona de rebaixamento. Empate não seria interessante para nenhum dos dois clubes. Assim, o técnico Mano Menezes escalou um time ofensivo no 4-2-3-1, com o quarteto de ataque composto por Marcos Vinícius, Arrascaeta, Rafael Sobis e Willian. Já o Leão depositou suas esperanças nos pés de Diego Souza, artilheiro do Brasileiro, com 13 gols.
Mesmo sem alguns titulares importantes, como Alisson (suspenso) e Robinho (machucado), o Cruzeiro mostrou criatividade em determinados momentos da etapa inicial. Aos 22min e aos 33min, Willian desperdiçou duas grandes chances. Na primeira, ele recebeu de Bryan e bateu de primeira, mas por cima. Na segunda, o Bigode contou com falha da defesa rubro-negra e apareceu cara a cara com Magrão. A bola, no entanto, foi chutada em cima do goleiro.
Sem dúvidas os gols perdidos pelo camisa 9 foram motivos de extrema irritação para o torcedor cruzeirense. Principalmente aos 38min, quando o árbitro Thiago Duarte Peixoto assinalou pênalti de Lucas Romero em Diego Souza – o lance foi bastante contestado pelos mineiros, que esfriaram o duelo por quase três minutos. Só que do lado celeste estava Rafael, que havia defendido as três cobranças contra a sua meta em 2016. Dessa vez, o camisa 1 da Raposa não acertou o canto, mas contou com a sorte, pois a cobrança de Diego Souza carimbou o travessão.
No lance seguinte ao pênalti perdido pelo Sport, o Cruzeiro partiu em contra-ataque e conseguiu um escanteio. Arrascaeta levantou a bola, Magrão afastou mal e Henrique pegou o rebote para fazer 1 a 0. Foi o quarto gol do camisa 8 na Série A e o sexto na temporada 2016.
Com a mesma formação no segundo tempo, o Cruzeiro quase ampliou o marcador aos 4min, quando Marcos Vinícius arriscou de fora da área e exigiu boa defesa de Magrão. Mas o ímpeto estrelado ficou apenas nisso. No restante da etapa final, o Sport pressionou e tocou a bola no campo de ataque. O goleiro Rafael foi exigido em algumas ocasiões. Em outras, a linha defensiva conseguiu cortes providenciais. Nos 15 minutos finais, Mano colocou Ezequiel na lateral direita, adiantou Lucas Romero para o meio-campo e sacou Arrascaeta. Mais firme na marcação, a Raposa segurou a magra vantagem e praticamente garantiu sua permanência na Série A.
(Fonte: Super Esportes/Rafael Arruda)