Cresce o número de pessoas desaparecidas no Vale do Aço

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Na região do Vale do Aço mineiro, o número de desaparecidos apresentou crescimento na comparação entre o primeiro semestre de 2016 e todo o ano de 2015. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), só em Timóteo foram registrados 21 casos nos seis primeiros meses de 2016; três a mais do que em todo o ano passado.

Em Ipatinga o número de registros também segue alto. Até junho, foram 57 registros de desaparecidos, contra 128 ao longo do ano de 2015. Apenas Coronel Fabriciano teve redução dos casos registrados. Na cidade, no ano passado, foram 39 registros. Até junho de 2016, o número era de 12 registros.

A pensionista Maria Nilza Santos é uma das pessoas que procura por um familiar desaparecido. Ela, que está em Ipatinga há duas semanas, veio de Belo Horizonte junto com o filho de 39 anos para passar por uma cirurgia de catarata. O filho, que tem problemas com alcoolismo, passou mal e foi socorrido a um hospital da cidade.

Um dia depois do ocorrido, Maria Nilza descobriu que o filho tinha desaparecido do hospital. “Ele estava sem documento nenhum. Não sei como ele conseguiu sair do hospital, pois ele não tinha força física para agir”.

Para o delegado Geraldo Magela, um dos fatores que contribuem para o crescente número de desaparecidos é que a maioria das famílias demoram para registrar o desaparecimento na polícia.

“Não existe essa história de que a família deve esperar de 24 horas até 48 horas. Os familiares já podem procurar a polícia de imediato. Tem também a delegacia virtual, em que a pessoa pode fazer o registro pela internet. Mesmo fazendo o registro pela internet, nada impede as pessoas de comparecerem à delegacia para acompanhar as investigações”, explica.

Cartaz mostra homem que teria desaparecido em Ipatinga (Foto: Arquivo pessoal)

(Fonte: G1 dos Vales)

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