Conheça a ideia de Bill Gates para acabar com as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti

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A Fundação de Bill Gates está negociando com governos latino-americanos e cientistas sobre a possibilidade de espalhar centenas de mosquitos que seriam incapazes de transmitir a dengue e o Zika.

A ideia da organização é “liberar” mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia pipientis, que os impede de transmitir algum vírus quando picam as pessoas. A nova raça de mosquitos foi criada por cientistas da Universidade de Monash, na Austrália. A novidade foi testada como parte de um programa de US$ 40 milhões para erradicar a doença na Indonésia, Austrália, Vietnã e Rio de Janeiro.

“A pesquisa, em fase inicial, tem rendido resultados muito promissores”. No entanto, não podemos dizer com certeza que ela é eficaz”, explica Fil Randazzo, vice-diretor da Fundação Bill & Melinda Gates, em Seattle, nos Estados Unidos.

De acordo com os cientistas, a tecnologia proposta por gates é eficaz e barata. “É mais econômico do que os inseticidadas. As coisas parecem favoráveis”, explica Ivan Dario Velez Bernal, diretor do programa de doenças tropicais na Universidade de Antioquia, em Medellín, na Colômbia.

A bactéria

A Wolbachia é encontrada em cerca de 50% dos insetos do mundo e interrompe a propagação de alguns vírus. O Aedes aegypti, responsável pela propagação da dengue, não possui a bactéria naturalmente. Os pesquisadores, então injetaram as bactérias, captadas de moscas de fruta, em embriões de mosquitos. “Nós não temos que continuar injetando-a. depois disso ela é herdada”, explica Scott O’Neill, especialista em insetos da Universidade Monash, que lidera o programa de combate à dengue de Gates.

Segundo ele, o custo de implementação do projeto é de US$ 1 por pessoa, bem menos do que os US$ 7 estimados na produção de mosquistos transgênicos.

Em testes na Austrália realizados por um ano, a transmissão local da dengue foi interrompida completamente.

Bill Gates (Foto: Reprodução / Facebook)

(Via Olhar Digital)

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