Venezuela faz apelo por remédios à comunidade internacional

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A Federação Farmacêutica da Venezuela lançou hoje (01/02) um apelo à Organização Mundial da Saúde (OMS) e a outros organismos internacionais para que enviem medicamentos que faltam no país. “Há doentes que estão morrendo devido à crise humanitária que vivemos, disse o presidente da entidade à TV Globovisión.

Freddy Ceballos disse acreditar que o governo venezuelano não colocará obstáculos para “receber, de parte de instituições como a OMS, a ajuda humanitária necessária, alguns medicamentos como os de alto custo, para pacientes com cancro”.

Segundo ele, as falhas gerais no abastecimento de medicamentos rondam os 80% e o governo venezuelano deve 4 bilhões de dólares (3,6 bilhões de euros) ao setor farmacêutico, pelas importações de medicamentos e matérias-primas.

Freddy Ceballos frisou que a federação apoia a decisão da Assembleia Nacional, que na semana passada declarou o setor da saúde em “emergência humanitária devido à falta de medicamentos e matérias-primas medicinais no país”.

A decisão do parlamento, segundo a entidade “de alguma maneira ativa os mecanismos internacionais para ajudar os pacientes” da Venezuela, que carecem de antibióticos, broncodilatadores, medicamentos para a próstata, para a hipertensão arterial e anticonvulsivos, entre outros.

A federação farmacêutica disse que faltam no mercado venezuelano cerca de 70% dos 150 medicamentos estabelecidos pela OMS como de acesso obrigatório.

Segundo Freddy Ceballos, as farmacêuticas venezuelanas têm capacidade para produzir mais medicamentos, mas continuam com grandes dificuldade para obter os dólares para pagar aos seus fornecedores, face ao sistema de controle cambial que vigora desde 2003 no país e que impede a livre obtenção de moeda estrangeira.

Nicolás Maduro é presidente da Venezuela – Foto: Divulgação

(Agência Lusa)

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