Denúncia de sequestro em Jequitinhonha motiva debate na ALMG

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A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realiza audiência pública sobre denúncias de crimes de sequestro e tortura que teriam sido cometidos por um vereador de Jequitinhonha (Vale do Jequitinhonha), Adalberto José Pereira e seu irmão, Antônio José Pereira, contra um jovem de 16 anos. A reunião, solicitada pelo presidente da comissão, deputado Cristiano Silveira (PT), está marcada para esta quarta-feira (28/10/15), às 9 horas, no Auditório.

Informações veiculadas pela imprensa dão conta de que o menino teria sido espancado, no dia 6 de junho deste ano, para confessar que havia furtado uma televisão na casa do parlamentar. De acordo com a família do adolescente, a confusão começou depois que a mulher do vereador teria dito que o menino praticou o furto. O vereador e seu irmão teriam invadido a casa e forçado o adolescente a entrar no carro deles. A família aponta, ainda, que o agredido usa medicamentos controlados em função de problemas mentais e no dia do suposto furto não teria saído de casa.

“São denúncias gravíssimas, de crimes hediondos. Há relatos de que o jovem foi sequestrado e torturado para confessar um suposto crime. Sem falar na invasão da residência e no fato de o rapaz ser portador de necessidades especiais. Defendemos uma investigação rigorosa do caso. Nosso objetivo é que os depoimentos que forem feitos na audiência venham a contribuir com as investigações da Polícia Civil e do Ministério Público”, disse o deputado Cristiano Silveira.

Cristiano Silviera também se diz preocupado pela suspeita de roubo. “O sequestro teria sido então uma foma de fazer justiça com as próprias mãos. É preciso apurar para ver se foi isso mesmo que ocorreu. Um erro não justifica o outro. Se o rapaz cometeu um crime, ele deve responder dentro da lei. Não podemos permitir que esses casos de violência se tornem normais”, concluiu.

Convidados – Foram convidados a defensora pública-geral do Estado de Minas Gerais, Christiane Neves Procópio Malard; a coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, promotora Paola Domingues Botelho Reis de Nazareth; o delegado de Polícia Civil de Jequitinhonha, Thiago Megale Giovani; o promotor de Justiça da Comarca de Jequitinhonha, Allender Barreto Lima da Silva; os vereadores de Jequitinhonha Mário Ornelas Guimarães, Adalberto José Pereira; os integrantes do Movimento Social Meninos do Bem – Jequitinhonha/MG, João Pedro Lopes Fernandes e Jussara Maria de Jesus Gomes; e o parente da suposta vítima, Rogéria Marques de Souza.

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