Vídeo mostra detentos fazendo ameaças em Governador Valadares

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Presos aparecem mostrando armas, um rádio de comunicação, um computador quebrado dos funcionários e fazendo ameaças contra os agentes penitenciários

“Se a gente ‘trombar’ os guardas nós vamos matar mesmo. Vocês ficam massacrando os presos aí, dando tiro em dia de visita, o bagulho é doido hein. Isso é só começo”. Estas foram apenas algumas das ameaças feitas por presos durante a rebelião ocorrida no último sábado (6) no Presídio de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e que foram registradas em um vídeo feito com um celular que está circulando nas redes sociais.

Os detentos, com os uniformes vermelhos da Subsecretaria de Administração Prisional (SUAPI) sendo usados para tampar os rostos e facas nas mãos, reclamam da truculência dos agentes penitenciários em dias de visita. “Não é para massacrar não, se não vamos ‘virar’ de novo. Vamos pedir para invadir de fora para dentro”, diz um dos presos, fazendo referência à uma possível nova rebelião.

Durante o vídeo, de cerca de um minuto e meio, os rebelados mostram armas improvisadas, um rádio comunicador, provavelmente de algum agente, e até um notebook dos funcionários. “Mostra o que fizemos com o computador deles”, fala outro detento enquanto pisa em um computador completamente quebrado durante o motim. Assista:

Fotos também mostram a situação de destruição que a unidade prisional ficou depois da rebelião, que teve início na manhã de sábado (6) e só chegou ao fim na manhã de domingo (7), com a transferência dos presos para unidades da região.

Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), várias celas estavam intactas e outras sofreram avarias nas portas, porém nenhuma delas teria sido afetada pelo fogo.Outras partes estruturais do presídio, como pilares e vigas, também não foram abaladas. No entanto, a unidade terá que passar por reformas para que volte à capacidade original de custódia de presos.

Dois detentos foram mortos durante a rebelião e outros cinco precisaram de ser levados para hospitais após serem atirados de cima do telhado da unidade prisional. O presídio de Governador Valadares tem capacidade para 290 presos, mas estava com 800 no momento da rebelião.

Procurada pela reportagem para tratar sobre as imagens, a Seds afirmou apenas que não irá comentar o conteúdo do vídeo. “Informamos que a Seds instaurou um Procedimento Interno para apurar as infrações disciplinares ocorridas no Presídio de Governador Valadares. As investigações sobre a prática de crimes durante a rebelião estão a cargo da Polícia Civil”, finaliza a nota divulgada pela pasta.

(Fonte: O Tempo)

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