Polícia Civil investiga supostas agressões de militares contra investigador em Teófilo Otoni

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Confusão aconteceu no último domingo. Segundo versão do policial civil, ele teria sido agredido com socos e chutes

Mais uma vez, um caso lamentável envolvendo membros das polícias Civil e Militar foi registrado. Dessa vez, a confusão gira em torno de uma suposta agressão de policiais militares contra um investigador que estava de folga em Teófilo Otoni, no Vale do Jequitinhonha. Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (14), o delegado responsável pelo inquérito, Washington Souza Filho, informou que a história está sendo apurada e será encaminhada à Justiça.

Entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (14) – Foto: Victor Couy/TV Leste

O tumulto aconteceu no último domingo (10). Segundo o boletim de ocorrência, o investigador de 49 anos contou que estava visitando parentes quando foi abordado por policiais militares na porta da casa de um tio. Ele se identificou como policial civil e, nesse momento, os militares perguntaram se ele estava armado.

Em seguida, o investigador tentou pegar a carteira funcional no bolso, mas foi impedido pelos PMs, que, na versão dele, o algemaram e colocaram no compartilhamento de presos da viatura. Depois disso, a suposta vítima disse que foi agredida com socos, chutes e tonfa, mais conhecida cassetete. Os militares teriam afirmado que o homem apresentava sinais de embriaguez.

“O investigador foi submetido ao teste do etilômetro, que deu negativo. No dia da agressão solicitamos que os militares se apresentassem, o que não foi atendido. Isso prejudicou a apuração dos fatos”, explicou o delegado.

Segundo ele, os policiais fizeram uma abordagem indevida ao investigador. “Algemaram e colocaram ele no compartilhamento de preso, o que é proibido. Vamos entregar o resultado da investigação à Justiça e acalmar os ânimos dos policiais da cidade que ficaram alterados com a história. O Bernardo Santana, responsável pela Secretaria de Estado e Defesa Social (Seds), acompanha o desenrolar dos fatos”, disse Filho.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol/MG), Denílson Martins, o investigador passou por uma “tortura”. “O investigador foi levado primeiro para um batalhão da Polícia Militar, onde foi agredido várias vezes. Isso não poderia ter acontecido. Ele entrou em contato com a Polícia Civil da cidade, mas, como estava em plantão, não tinha efetivo suficiente para mandar policiais civis ao local”, disse.

A Seds, que seria responsável pelas duas corporações, por meio de nota, se limitou a informar que “tomou conhecimento da ocorrência e está acompanhando de perto os processos de apuração e resolução do caso pelas polícias”. Ainda segundo o comunicado, “a Polícia Civil, por determinação legal, é a responsável pelo inquérito e, quando possível, poderá fornecer mais detalhes do ocorrido”.

(Fonte: Jornal O Tempo)

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