Delegada desmente boatos sobre estuprador em série na região do Vale do Aço

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Irene Angélica Franco e Silva Guimarães, delegada regional de Polícia Civil em Ipatinga, afirma que falsas informações comprometem o trabalho da polícia.

Em entrevista à imprensa, na manhã desta quarta-feira, 11 de março, a delegada regional de Polícia Civil em Ipatinga, Irene Angélica Franco e Silva Guimarães falou sobre os falsos rumores ora disseminados na região dando conta da existência de um suposto estuprador em série. Depois de classificar o alerta propagado por aplicativos e redes sociais como “boataria”, ela destacou que essas ações prestam um desserviço à população e configuram crime. “Isso atrasa as investigações da polícia. No tempo que perdemos para checar informações falsas, deixamos de correr atrás de quem deveríamos correr”, lamentou a delegada.

Irene se refere a uma avalanche de informações e posts compartilhados por celular e outras redes sociais entre usuários da região, e que teve origem após dois casos de estupro ocorridos no domingo, 8. Desde a data, mensagens compartilhadas informam sobre novas vítimas do suposto estuprador e fomentam o pânico junto à população. Até mesmo fotos de suspeitos, com alegadas recompensas oferecidas pela polícia, vêm sendo divulgadas. Em alguns casos, são divulgadas até placas do veículo que teria sido utilizado nos crimes. Essas publicações, reitera Irene Franco, são falsas.

“Isso é boataria. Não há motivo para que as mulheres se sintam amedrontadas”, salientou. “A polícia civil pede às pessoas não repliquem informações que não sabem se são verdadeiras. A minha súplica é aos cidadãos de bem que estão replicando mentiras e colocando fotos de pessoas que nada têm a ver com esses fatos, prejudicando a vida dessas pessoas e as colocando em risco”, continuou.

Na madrugada de domingo, 8, uma adolescente de 15 anos e uma mulher de 28 foram estupradas, provavelmente pelo mesmo autor, uma vez que os crimes ocorreram em sequência. A primeira vítima foi levada à força para um matagal no bairro Industrial, em Santana do Paraíso, e a segunda foi violentada em um local deserto com acesso por uma estrada de terra próxima daquele bairro, duas horas depois.

Irene informou que o caso é investigado e a equipe de Santana do Paraíso, à frente das apurações, inclusive recebeu reforços da delegacia regional. “Foram escolhidos investigadores capazes, competentes, para reforçar a equipe de Santana do Paraíso, que é uma equipe pequena”. Conforme a delegada, outros registros de violência sexual, registrados no sábado, configuraram casos isolados e fora do contexto do estupro das duas mulheres. A unidade territorial de cada área onde ocorreram os crimes cuida dos casos. “A polícia civil não vê a necessidade, por ora, com as informações que já existem, de unificar essas apurações como se fosse uma pessoa só”, observou.

Irene Angélica Franco e Silva Guimarães, delegada regional de Polícia Civil em Ipatinga, afirma que falsas informações comprometem o trabalho da polícia – Foto: Wesley Rodrigues / Diário do Aço

(Fonte: Jornal Diário do Aço)

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