Água Boa é o município mais subdesenvolvido do Sudeste

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Estudo mostra que Água Boa tem saúde e educação péssimas e gerou só sete empregos em um ano

Os dez municípios mais desenvolvidos do Brasil, considerando as variáveis saúde, educação e emprego e renda, estão localizados em São Paulo. Já dentre os dez menos desenvolvidos, oito estão na região Norte e dois, no Nordeste. Na região Sudeste, o único município com baixo desenvolvimento é Água Boa, em Minas Gerais. Os dados são do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado hoje pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

A pesquisa é realizada desde 2005 e, neste ano, traz dados referentes à realidade do país em 2011. Em comparação ao ano anterior (2010), o índice mostrou um avanço do país de uma forma geral: 3.653 municípios iniciaram esta década em situação melhor do que terminaram a passada. “De fato, há um processo de desenvolvimento em curso”, analisa William Figueiredo, um dos coordenadores do IFDM.

No entanto, a desigualdade ainda é um gargalo. “Fizemos os cálculos e descobrimos que as 500 cidades menos desenvolvidas estão 13 anos atrás das 500 mais desenvolvidas. Nem entraram no século XXI ainda”.

Os maiores crescimentos foram registrados nas variáveis saúde, com crescimento de 3,9% em relação ao ano anterior, e educação, que cresceu 2,1% se comparado a 2010.

Minas: Tendo em vista o contexto nacional, Minas Gerais se mostra “uma miniatura do Brasil”, segundo Figueiredo. Tal como o país, o Estado está dividido ao meio e tem no Sul as cidades mais desenvolvidas e, ao Norte, as menos.

A pior do Sudeste, Água Boa, está localizada no Vale do Rio Doce e, além de ter obtido notas baixíssimas nas três variáveis pesquisadas, caiu 8,8% em relação a 2010. “O município gerou somente sete empregos de 2010 para 2011 e somente um quarto das gestantes têm acesso a seis ou mais consultas pré-natais”, conta Figueiredo.

Já a melhor do Estado está a somente 15 km da capital: Nova Lima obteve notas altas em todas as variáveis pesquisadas e está entre as 500 cidades mais desenvolvidas no país.

Classe média

Maioria: A variável “emprego e renda” do IFDM mostrou que a maioria das cidades (55,2%) já podem ser consideradas de classe média. O aumento de 2010 para 2011 foi de 204 municípios.

(O Tempo)

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