Adolescente relata a polícia como matou três pessoas da mesma família em Mantena

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O adolescente de 17 anos no final de 2013 (nas enchentes) levou um tapa no rosto desferido por seu padrasto (que é filho do casal morto e irmão da manicure) desde então o criminoso vinha tentando achar uma forma de vingar do padrasto e resolveu tirar a vida de quem ele mais gostava (Pai, mãe e irmã), colocou Rivotril diluído em um suco de manga e em seguida cometeu o crime com atrocidades.

Após as investigações da polícia civil de Mantena, comandadas pelo delegado Yuri, e prisão do principal suspeito, a imprensa teve acesso com exclusividade, onde o criminoso relata detalhes do crime que deixou chocada a população de Mantena e região, onde três pessoas da mesma família foram mortas com requintes de crueldade.

O jovem L.C., 17 anos, preso pela polícia civil de Mantena na última quarta-feira, 16 de abril de 2014, contou para a polícia detalhes de como praticou o crime.

De acordo com o relato do jovem à polícia, ele combinou de almoçar no domingo na casa das vítimas. Ele comprou 20 comprimidos de rivotril em uma farmácia de Mantena e foi até à casa da família. Chegando lá, deu às vítimas um suco com os comprimidos diluídos, o que causou tonteira e sono.

Suely (Manicure), foi até o banheiro e tomou um banho. Enquanto ela tomava banho, o casal sentiu os efeitos do remédio e o jovem os levou para a sala, ainda vivos. Ele disse que ia cuidar deles e os sentou no sofá.

Quando Suely saiu do banho, disse para o jovem que ele havia colocado algo no suco, pois ela estava se sentindo mal. Ele negou, e disse para ela ficar calma que ele iria cuidar dela. Sabendo que os pais estavam também passando mal, Suely insistia que precisa levá-los ao hospital, mas o efeito do remédio estava impedindo sua ações. O jovem a colocou na cama e disse que ligaria para um táxi.

Ele ligou o rádio para que vizinhos não escutassem o barulho. Insistindo que precisava levar os pais ao hospital, Suely levantou da cama. Nesse momento, o jovem usou um fio para a estrangular. Ela tentou se defender, lutou com o garoto, mas, muito fraca e com um fio em volta do pescoço, caiu sentada em uma poltrona. Nesse momento o jovem acabou de matá-la . Ele tentou levá-la para um local alto, para parecer que ela teria cometido suicídio, mas não conseguiu.

Após matar Suely, L.C. voltou à sala e o casal de velhos já estava fraco, devido o efeito do remédio. Ele então teve tempo para estrangular primeiro Dona Emília e logo em seguida o Sr. Boaventura.

A polícia investiga ainda o que motivou o crime. O jovem L.C. disse apenas que seu padrasto (Sérgio, filho do casal), lhe deu um tapa na cara, na época da enchente e ele queria se vingar. Desde então começou a planejar uma maneira de atingir o padrasto. L.C. contou que um mês antes do crime ele decidiu acabar com a vida das pessoas que o padrasto mais gostava. Então, durante um mês planejou a morte dos pais e da irmã de Sérgio.

A polícia também ouviu o proprietário e farmacêutica responsável pela farmácia onde o jovem disse ter comprado o remédio. Ainda não foi informado, por exemplo, se o jovem tinha uma receita para comprar o remédio, já que rivotril é tarja preta, e só pode ser comprado com receita médica.

A polícia quer saber se L.C. teve ajuda de mais alguém e se a motivação do crime confessada pelo jovem é mesmo verdadeira. L.C. está detido em Mantena. A polícia civil deve concluir o inquérito nos próximos dias.

Os preparativos para o Crime

L.C. fez curso de culinária no Sesi e combinou com Suely de ir almoçar na casa deles no domingo. Suely disse que não tinha dinheiro para comprar as coisas, mas L.C. disse para ela não se preocupar, pois ele compraria tudo. Ele comprou o macarrão e foi para a casa da família para preparar o almoço.

Segundo o jovem, ele ficou de 11h00min até as 14h00min na casa. Ele primeiro dopou toda a família com um suco de manga, com comprimidos de rivotril diluídos. O efeito do remédio deixou as vítimas sonolentas e com fraquezas nas pernas, o que facilitou o assassinato.

L.C. respondeu a todas as perguntas com detalhes, e disse que se pudesse voltar atrás voltaria, mas não tem jeito. O jovem estava muito tranquilo e apenas chorou em alguns momentos. Ele já tinha pesquisado na internet quais as consequências e o que aconteceria com com ele, pelo fato de ser menor.

Como a polícia chegou ao jovem

Após vários dias de investigação, o delegado resolveu ouvir novamente a família. Chamou o jovem L.C. para depor e ele começou a chorar. Perguntado sobre o motivo do choro, o jovem resolveu confessar o crime.

Ele contou com detalhes cada passo dado até cometer o pior crime da história de Mantena. A versão de L.C. traz detalhes que somente a perícia tinha acesso, o que dá mais credibilidade à sua confissão. Detalhes como posições dos corpos, fios usados para cometer o crime, comida que estava preparada na casa, maneira como as vítimas foram mortas, entre outras particularidades, e principalmente, onde estava a chave da casa, que a polícia ainda não havia encontrado, foram relatadas claramente por L.C.

O delegado pediu a prisão provisória do jovem, que será encaminhado para uma clínica de reabilitação. L.C. também já sabia do que poderia lhe acontecer, pois pesquisou antes na internet.

O padrasto não sabia do crime quando se aproximou do jovem

Muitas pessoas questionaram a tranquilidade do padastro de L.C., Sérgio, que é filho do casal assassinado. Segundo informações, quando Sérgio se aproximou do jovem, momento em que a foto foi tirada, ele ainda não sabia da confissão do adolescente. Ele achava que o jovem só estava chorando por ser intimado a depor.

Depois que soube que o garoto era o assassino de sua família, Sérgio não ficou mais próximo ao garoto, que foi acompanhado por uma conselheira tutelar durante o tempo em que esteve lá.

A carta

O jovem L.C. deixou uma carta para Sérgio, pedindo desculpas e pedindo para o padastro não abandonar sua mãe por causa do crime.

A carta foi encontrada na casa de Sérgio, escrita com a letra de L.C. Um computador de L.C. foi apreendido para investigação.

O crime

Uma noite terrível, cercada de muitos mistérios abalou a cidade de Mantena nesta noite de terça feira, 01 de abril de 2014, quando os moradores da Rua Israel Pinheiro, no bairro Nicolini, em especial, a vizinhança do número 341, começaram a achar estranho o fato dos moradores Sr. Boaventura, Dona Emilia e sua filha Sueli (conhecida manicure) não aparecerem como de costume.

Mais estranho foi o fato das luzes da casa estarem acesas e o rádio estar ligado o tempo todo, fato que aguçou a curiosidade de vizinhos que na tarde desta terça-feira, resolveram ver o que se passava, quando então se aproximando do local, sentiram um forte odor que já exalava dos corpos em decomposição.

Em conversa com os vizinhos, os moradores foram vistos pela última vez, na manhã de domingo, quando voltavam da Igreja. Chegando a conclusão de que os corpos já estariam ali há aproximadamente três dias.

A Policia Militar então foi acionada, inclusive o Capitão Aleixo Junior, onde compareceram ao local, e ao adentrar no quintal da casa, por um acesso pela casa de um vizinho, puderam visualizar a triste cena.

Os corpos do senhor Boaventura Dória de Carvalho – aposentado – 75 anos, e de sua esposa Dona Emilia Edirvirgem Santos – dona de casa – 81 anos, se encontravam sentados no sofá da sala, enquanto que o corpo da filha Sueli Dória – manicure – 39 anos, se encontrava caído no chão da cozinha, próximo da sala. Todos eram evangélicos e freqüentavam a igreja e Sueli era muito querida e trabalha há anos como manicure.

A chegada do IML, se deu por volta das 2h15 da madrugada, onde os policiais e a perícia, na presença do filho do casal, Sérgio, tiveram que arrombar o portão de acesso, onde não foi constatado nenhum sinal de arrombamento pela frente da casa. Após eles seguiram para a cozinha, onde tiveram que arrombar a porta, e notou-se a janela da cozinha aberta, e o corpo de Sueli caído no chão, já em estado de decomposição. Os corpos do casal estavam no sofá da sala. (Via Voz da Barra)

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