Educador da rede estadual leva projeto a congresso em Cuba

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O projeto de uma escola do município de São Pedro do Suaçuí, no Vale do Rio Doce, foi assunto em um congresso realizado em Havana. O analista pedagógico da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Guanhães, Ivan Souza, participou do 9º Congresso Internacional de Educação Superior e lá apresentou o projeto ‘Brasil, Mostra sua Cara’, desenvolvido pela professora Alcione Rangel Ferreira, que leciona História na Escola Estadual João Pinheiro.


O analista pedagógico Ivan Souza durante visita a uma escola na cidade de Havana

Na escola, a professora desenvolve o projeto sobre racismo e cultura negra há seis anos. O assunto era adequado ao congresso, que tinha como tema ‘Por uma sociedade socialmente responsável’. Lá, Ivan apresentou a participantes de diversos países, principalmente da América Latina e Caribe, o artigo que escreveu com Alcione.

O trabalho em conjunto começou dentro da escola onde a professora Alcione desenvolve a iniciativa. “O Ivan é de São Pedro do Suaçuí e já foi jurado em apresentações do projeto, e se interessou muito pelo trabalho. Então eu o chamei para escrever o artigo. Ele gosta do tema também, e isso faz muita diferença”.

Para o analista, a experiência valeu a pena. “Foi um espaço muito rico para intercâmbio de experiências e de práticas. Assisti apresentações do nosso país e de outros. Esse projeto eu apresentei em uma sala, onde poderia falar sobre ele e, em seguida, fiquei disponível para pessoas que quisessem conversar mais sobre o assunto”, conta Ivan, que esteve no Congresso, em Cuba, entre os dias 10 e 14 de fevereiro. Apesar de o foco do encontro ser o ensino superior, o artigo o relacionou o projeto desenvolvido com alunos da educação básica à questão do racismo e da política de cotas adotada por diversas instituições de ensino superior brasileira.

Segundo Ivan, a resposta do público que assistiu sua apresentação foi positiva. “Pessoas do Brasil que estavam participando quiseram conversar sobre o assunto, sobre o projeto da escola, sobre o impacto do projeto da escola e como é desenvolvido na prática”, diz. “Foi um conhecimento que vai agregar valor à minha prática, às escolas que atendo aqui. Eu acho que também motiva a atuação da professora Alcione na escola. Ter a oportunidade de levar um trabalho a nível internacional é muito bom. Ela já tinha gostado de participar do Congresso da Magistra”, ressalta o professor lembrando da participação da educadora, que foi sua parceira – que não foi junto porque está grávida – no Congresso de Boas Práticas do ano passado.

Experiências educacionais

Além da troca de experiências com educadores que foram a Havana para o Congresso, Ivan pôde ver de perto como é a educação do país. “Tive a oportunidade de visitar escolas lá. Uma delas de educação primária, onde visitei salas de aula, conversei com professores, conheci como se dá a organização, como é desenvolvimento da prática pedagógica. Perguntei como eles tratam o aluno que não tem o mesmo desenvolvimento dos outros”. A curiosidade de Ivan vem de seu trabalho na regional: ele é analista pedagógico do Programa de Intervenção Pedagógica e atua nas escolas que oferecem os anos iniciais do ensino fundamental.

Educação a distância em pauta

Um projeto independente sobre educação a distância também foi apresentado por Ivan em Cuba. “Esse projeto tratou da interface entre as tecnologias da informação e comunicação e a mediação pedagógica na educação a distância. Coloquei como é essa questão no nosso país, o quanto tem avançado, e pontos positivos e negativos”. O tema foi tratado em um ambiente diferente do outro projeto. Foi uma exposição oral em um espaço onde todos falavam sobre o mesmo tema, a virtualização do ensino superior. Ele fez uma exposição oral de 10 minutos e interagia com as outras pessoas da sala.

(Agência Minas)

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