Rodrigo Pacheco é eleito presidente do Senado

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Com 57 votos favoráveis, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito, nesta segunda-feira (1/2/2021), o novo presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional. O parlamentar comandará a Casa pelos próximos dois anos, com os compromissos de independência e de fortalecimento das instituições. Pacheco, que recebeu 16 votos a mais do mínimo necessário para se eleger, contou com o apoio de partidos, tanto da base aliada quanto da oposição. A votação foi presencial e secreta.

Em seu primeiro discurso como presidente, Pacheco afirmou que assume a missão com humildade, senso de responsabilidade e integral comprometimento com os valores democráticos da República e da Constituição Federal, sempre em obediência ao regimento interno. O senador também garantiu que continuará trabalhando pela independência do Legislativo, fundamental, segundo ele, “para a tomada de decisões políticas livres e autônomas” de interesse do país. “Comprometo-me a garantir as liberdades e a democracia, com respeito às leis e à Constituição Federal; a preservar a independência do Senado Federal e a buscar permanentemente a unificação das instituições em torno do bem geral e a pacificação da sociedade”, destacou.

O novo presidente do Senado afirmou que sua gestão será regida por três prioridades: saúde pública, crescimento econômico e desenvolvimento social, com o objetivo de preservar vidas humanas, socorrer os mais vulneráveis e gerar emprego e renda aos brasileiros.  Para ele, esses são pilares indispensáveis para o enfrentamento do atual cenário de crise provocada pela pandemia do coronavírus.  “Urge livrar o Brasil dessa avassaladora e trágica pandemia, que já vitimou mais de 225 mil irmãos brasileiros, inclusive nosso saudoso colega, senador Arolde de Oliveira. Minhas sinceras homenagens a todas essas vítimas da Covid-19. E um agradecimento penhorado a todos os profissionais de saúde e ao SUS”, ressaltou.

Sobre as reformas para o Brasil, o senador destacou que submeterá ao crivo do parlamento as reformas e as proposições necessárias e imprescindíveis para o desenvolvimento do país. “A votação de reformas que dividem opiniões, como a reforma tributária e a reforma administrativa deverão ser enfrentadas com urgência, mas sem atropelo. O ritmo dessas e de outras reformas importantes será sempre definido em conjunto com os líderes e com o Plenário desta Casa”, disse.

Pacheco também ressaltou ao povo mineiro que seguirá desempenhando o mandato parlamentar, com atenção aos 853 municípios do Estado. “Tenho o compromisso irrevogável de dedicar todas as minhas energias para honrar a confiança em mim depositada pelo Senado Federal e pelo povo de Minas Gerais, a quem prometo não desapontar”.

Ao finalizar o primeiro discurso após eleito, Pacheco agradeceu o apoio dos senadores Antonio Anastasia e Carlos Viana, “pelo empenho ao projeto, que refletiram, além de uma união entre partidos, uma verdadeira união de Minas Gerais”. Ele também homenageou e reconheceu a atuação do senador Davi Alcolumbre, ex-presidente da Casa. “O senador Alcolumbre representa fielmente essa jovem geração de políticos brasileiros que luta para fazer o Brasil crescer no trilho da democracia e da garantia dos direitos do nosso povo, pois, sem isso nada terá valido a pena”, afirmou.

Além de Pacheco, disputou o comando do Senado Federal a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que obteve 21 votos. Já os senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Major Olímpio (PSL-SP) e Lasier Martins (Podemos-RS) até então candidatos, anunciaram, em plenário, a retirada de seus nomes da disputa.

Novo presidente do Senado é conhecido por diálogo e independência

Eleito, nesta segunda-feira (1º), presidente do Senado Federal para o biênio 2021-2022, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) é advogado, criado na cidade de Passos, tem 44 anos e sólida experiência jurídica, especialmente na área penal. Está em seu primeiro mandato como senador (2018-2026), foi líder do Democratas na Casa e presidente do partido em Minas Gerais. Entrou na vida política em 2014, quando foi eleito deputado federal. O perfil conciliador e a capacidade de cumprir compromissos, tanto com a base aliada quanto com a oposição, contribuíram para que Pacheco, então deputado, fosse eleito, em 2017, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes da Câmara dos Deputados. Foi a primeira vez que o colegiado foi presidido por um deputado de primeiro mandato.

Entre 2013 e 2015, antes de entrar para a vida pública, Pacheco atuou como o mais jovem Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em 2016, foi candidato à Prefeitura de Belo Horizonte, ficando entre os três mais votados. Com um discurso em defesa do fortalecimento da educação, da igualdade de oportunidades e da geração de emprego e renda, Rodrigo Pacheco recebeu, em 2018, mais de 3,6 milhões de votos para representar o estado no Senado. Por duas vezes, ao longo da vida parlamentar, foi apontado como um dos políticos mais “influentes do Brasil” pelo “Prêmio Congresso em Foco”, que contempla os congressistas mais éticos, responsáveis e atuantes do país.

Conhecido por sua habilidade política, capacidade de diálogo e pelo perfil independente, Rodrigo Pacheco conseguiu a admiração dos colegas e, com apenas dois anos de mandato como senador, foi escolhido para presidir o Senado Federal. O novo presidente do Congresso garante que sua atuação será pautada de forma independente, com prioridade nas pautas nacionais e no crescimento do Brasil, especialmente neste período de crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. “No ambiente democrático há divergências. Essas divergências, às vezes, derivam para atritos, às vezes mais ríspidos, mas não é passar a mão na cabeça de ninguém, nem pano naquilo que esteja errado. Temos que apontar, ser crítico, tomar providência em relação àquilo que for equívoco”, disse.

Início dos trabalhos

A primeira tarefa de Pacheco como presidente do Senado é conduzir a eleição do restante da Mesa Diretora amanhã (2/2). A diretoria da Casa é composta pelo presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e seus suplentes.

Eleição ao vivo

Votação

A votação levou cerca de uma hora e 15 minutos para ser concluída. Isso porque apesar de haver urnas espalhadas pelo plenário, pelo Salão Azul e pela Chapelaria, um dos acessos ao Congresso, os votos foram feitos um a um, com senadores sendo chamados a votar. Os que não votaram no plenário recebiam a cédula de outro senador no momento em que eram chamados. 

Não votaram os senadores Jaques Wagner (PT-BA), que está de atestado médico em seu estado, Chico Rodrigues (DEM-RR), que está licenciado do cargo, e Jarbas Vasconcelos (MDB-PE), afastado por motivos de saúde.

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