Prefeito de São Paulo anuncia uso da cloroquina no tratamento da Covid-19

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O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciou hoje (9/4/2020) que a Secretaria Municipal da Saúde vai incluir a cloroquina como uma das formas de tratamento para o coronavírus nos hospitais municipais. No entanto, lembrou que o uso da substância só é autorizado para pacientes internados e sob duas condições, quando houver prescrição do médico e desde que o uso seja autorizado formalmente pelo paciente ou por sua família.

“Já determinei à Secretaria de Saúde para que ela possa adquirir mais desse material. Temos hoje 6 mil cápsulas à disposição. Como cada paciente precisa de seis, já temos medicamentos para tratar mil pessoas que estejam internadas”, disse o prefeito.

“Ainda não é possível ser uma política pública porque não temos ainda pesquisas concluídas [sobre a eficiência do medicamento]. Mas havendo prescrição do médico e a concordância do paciente, a secretaria passou a integrar esse medicamento no protocolo de atendimento da covid-19”, disse Covas.

Infectologista

Ontem (8), em entrevista coletiva, o infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, disse que o uso da cloroquina deve ser feito com muito cuidado, já que se trata de um medicamento com efeitos colaterais. “A cloroquina está indicada para pacientes internados, desde que prescrita pelos médicos com aceite formal assinado pelo paciente. Temos enorme experiência com a cloroquina. Ela é usada há muitos anos no tratamento da malária. É uma droga importante, mas com efeitos colaterais, não desprezíveis. Ela deve ser utilizada sob prescrição e observação médica”, disse Uip, ressaltando que sua eficiência ainda não foi comprovada cientificamente.

Também ontem (8), o secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, disse que São Paulo já recebeu 200 mil comprimidos de cloroquina, que estão sendo distribuídos para uso nos hospitais públicos.

São Paulo tem novo recorde de mortes por Covid-19 em um dia 

O estado de São Paulo bateu mais um recorde na crise da covid-19. De ontem (8) para hoje (9), o estado contabilizou 68 mortes por coronavírus, maior número registrado em apenas um dia desde o início da pandemia no Brasil. Com isso, o estado já soma 496 mortes por coronavírus.

São 7.480 casos confirmados da doença no estado. A covid-19 foi identificada em 141 cidades paulistas, sendo que, em 55 delas, houve pelo menos uma morte. Os casos, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, estão concentrados, em sua maioria (82,2%), em pacientes com 60 anos ou mais.

Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, o hospital de campanha do Pacaembu, inaugurado na última segunda-feira, tem 33 leitos ocupados até o momento. Desse total, 31 estão internados em situação de baixa complexidade, enquanto dois estão na sala de estabilização, equipada com recursos para tratamento de pacientes em situação mais grave. Três pacientes já tiveram alta e dois foram transferidos para hospitais após agravamento clínico.

O hospital de campanha funciona de portas fechadas, ou seja, suas vagas são controladas pela Secretaria Municipal de Saúde e os pacientes chegam ali transferidos de outras unidades. São encaminhados para esses locais os pacientes em situação de baixa complexidade.

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