Justiça começa oitiva de testemunhas do triplo homicídio de brasileiras em Portugal

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As testemunhas que poderão ajudar a Justiça solucionar o caso de assassinato de três brasileiras em Portugal começarão a ser ouvidas. A 11ª Vara Federal determinou nesta sexta-feira (17) que quatro testemunhas arroladas pela acusação darão depoimento no dia 30 de março em cooperação com a Subseção Judiciária de Teófilo Otoni.

Duas das testemunhas participarão de forma presencial e outras duas via videoconferência. O acusado de ter cometido o crime, Dinai Gomes, está preso na Penitenciária Nelson Hungria e deverá acompanhar os depoimentos.

As vítimas são as irmãs mineiras Michele Santana Ferreira e Lidiana Neves Santana, de 28 e 16 anos, e Thayane Milla Mendes, capixaba de 21 anos, amiga das irmãs. Elas foram encontradas mortas no poço de um hotel para animais próximo ao aeroporto em Tires, um distrito de Lisboa, em agosto do ano passado. Os corpos teriam sido localizados após uma denúncia da empresa de esgotos de limpeza de fossas e não por confissão.

O suspeito é o namorado de Michele, que estava grávida. O nome dele foi divulgado através de um alerta da Interpol. Dinai teria retornado ao Brasil após o desaparecimento das três jovens e, segundo acusação da Polícia Judiciária portuguesa, ele não teria cúmplices no crime.

Ainda de acordo com a Justiça Federal, no dia 20 de abril, serão ouvidas testemunhas residentes em Portugal, também por meio de videoconferência com o apoio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Desaparecimento

Desde fevereiro de 2016 Michele Santana e Lidiana Neves não conversavam com a família no Brasil. A comunicação, então, passou a ser feita por intermédio de Dinai Alves, namorado de Michele. As irmãs são naturais de Campanário, no Vale do Mucuri, Minas Gerais. O desaparecimento das irmãs mineiras e da amiga Thayane repercurtiu em todo o país com as declarações e apelos da mãe das irmãs, Solange. Em maio ela denunciou o desaparecimento em redes sociais e pediu ajuda para encontrar as filhas.

Ainda em maio, o Itamaraty informou que acompanhava o caso e obteve informações que elas pretendiam se mudar para Londres, mas não havia registro de entrada delas no Reino Unido e nem saída de Portugal. à época, as brasileiras foram, inclusive, incluídas no sistema de alerta da imigração da polícia inglesa e da Interpol.

Investigação

Ainda de acordo com o jornal português “i”, a Polícia Judiciária afirma que a investigação começou tardiamente devido a demora da comunicação do desaparecimento às autoridades brasileiras por parte de Solange Santana, de 50 anos, mãe de duas das vítimas. Só em março Portugal foi comunicado, e então as investigações começaram com buscas e inspeções.

Durante a investigação, chegaram a localizar a casa onde residia Dinai Gomes, que então já havia retornado ao Brasil. As dificuldades foram grandes por não terem qualquer pista ou prova, afirma o jornal “i”. Segundo a publicação, o suspeito Dinai caiu em contradição quando tentou explicar à mãe das vítimas que elas não poderiam falar ao telefone como desculpa para o sumiço delas, e logo depois ter afirmado que elas haviam fugido para outro país europeu. Foi quando suspeitaram de um crime envolvido no desparecimento das brasileiras.

Dinai Gomes foi denunciado por triplo feminicídio (Foto: Divulgação/Álbum de Família)

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(Fonte: Hoje em Dia/Tatiana Lagôa)

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