Arma usada para matar investigador no Norte de Minas é apreendida pela Polícia

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A Polícia Civil apreendeu na quarta-feira (05/10), na zona rural de Cristália, a arma usada no assassinato do investigador Fabrício Heron, morto no domingo (2), durante a comemoração após o resultado das eleições. Antônio Carlos Teixeira Batista, preso pelo crime, apontou onde estava o revólver, que vai passar por perícia. Além dele, também foi detido Rafael Pereira Fonseca.

Segundo a PC, Fabrício Heron foi morto por engano após ser confundido com um homem que havia agredido Rafael. O agressor ainda não foi identificado.

“Durante a comemoração da vitória ocorreu um desentendimento e o Rafael foi agredido por terceiros. Ele procurou pelo comparsa confundiu o policial civil com o agressor e determinou para que Antônio efetuasse disparos contra o investigador”, explicou o delegado regional Jurandir Rodrigue durante uma coletiva de imprensa. Os dois homens e o policial faziam parte do mesmo grupo político.

A PC apurou que Antônio e Rafael são comparsas e atuam no tráfico de drogas na cidade. Ambos já foram presos anteriormente, um deles chegou a ficar internado em um centro socioeducativo. Eles confessaram o assassinato e disseram que estavam sob efeito de álcool e drogas. Antônio e Rafael afirmaram ainda que não sabiam que Fabrício era da polícia.

Fabrício Heron estava perto do carro dele quando foi atingido por um tiro no braço, que acabou acertando o tórax. Ele foi socorrido e morreu ao dar entrada em um hospital em Grão Mogol (MG). A PC acredita que os criminosos tenham atirado pelo menos três vezes. O agressor de Rafael Fonseca ainda não foi identificado, mas o delegado afirma que pelos depoimentos de testemunhas, ficou evidente que o policial não cometeu a agressão.

Os autores foram presos 48 horas após o crime. Um deles foi localizado em uma casa e o outro estava em uma mata fechada. Policiais das Delegacias Regionais de Montes Claros, Januária, Janaúba e Pirapora participaram das buscas.

Fabrício Heron tinha 37 anos e estava na Polícia Civil desde 2000, ele trabalhava em Montes Claros (MG) como investigador e examinador da banca do Detran. Fabrício era natural de Cristália, onde ainda moram seus familiares.

“É importante frisarmos que as pessoas estão banalizando a vida e não respeitam a polícia, recentemente há 15 dias, houve um homicídio de outro investigador. É preciso que passemos recado para quem se propõe a essa prática, a Polícia Civil está atenta e não vai tolerar esse tipo de ação. Vamos agir com rigor, como agimos neste caso”, ressaltou Renato Nunes, chefe do 11º Departamento de Polícia Civil.

Arma estava enterrada na zona rural de Cristália (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

(Fonte: G1 Grande Minas)

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