Universitária é condenada por matar filho recém-nascido em Ipatinga

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Alícia Lalau Souza foi condenada a 5 anos e 4 meses de reclusão no regime semiaberto em julgamento realizado nesta sexta-feira (23/09/2016) no Fórum de Ipatinga (MG). A sessão durou pouco mais de uma hora. Lalau vai responder pela morte do próprio filho ocorrida no ano passado. A ré ainda jogou o corpo do neném em uma lixeira de um banheiro de uma faculdade de Ipatinga. O caso teve grande repercussão à época.

Consta da denúncia do Ministério Público que Alicia teve o filho em casa sozinha e depois o deixou por dois dias em uma bolsa no canto de um guarda-roupa até decidir o que fazer com a criança. Em juízo, a acusada alegou que o bebê nasceu sem os sinais vitais e que deveria se desfazer do cadáver porque a família não podia saber da gravidez.

O Ministério Público denunciou a ré por homicídio simples com agravante de que o crime foi praticado contra menor de 14 anos. Já o advogado de defesa Rodrigo Carmo alegou que o neném pode ter nascido morto e deixou nas mãos dos jurados condenarem ou absolverem a cliente dele. O defensor não vai recorrer da sentença.

O juiz Luiz Flávio Ferreira deu a Alicia o direito de recorrer em liberdade e não decretou a prisão preventiva. A mulher saiu do Fórum na companhia de parentes e amigos e vai aguardar em casa o atestado de pena expedido pela Vara de Execuções Penais.

Julgamento de universitária em Ipatinga (Foto: Gizelle Ferreira/Diário Popular)

Entenda o caso

Alicia contou em audiências de instrução que quando soube da gravidez tomou vários medicamentos na tentativa de prejudicar a vida dela e a do bebê. Ela ainda disse que no dia do parto sentiu dores durante a madrugada e foi ao banheiro de sua casa, onde teve o bebê sem ajuda de nenhum instrumento e depois colocou o recém-nascido na sacola e guardou até decidir o que fazer com o filho.

Quando ela soube que um vizinho iria para Ipatinga, Lalau pegou carona e foi à faculdade porque tinha que fazer algumas cópias, e então deixou o neném na lixeira do banheiro.

A alegação de que o bebê nasceu morto não convenceu a promotoria, mas considerou que não é fútil ela ter ocultado a maternidade, já que ela tinha medo de como a família reagiria à notícia.

Alicia Lalau Souza foi presa em Naque (Foto: Diário Popular)

(Fonte: Diário Popular)

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