O Ministério Público Federal (MPF) concluiu o inquérito da 7ª fase da operação Mar de Lama nesta segunda-feira (19/09/2016), em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Foram oferecidas denúncias contra 21 pessoas, entre empresários do ramo da construção civil e agentes públicos do primeiro escalão da Prefeitura e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), por crimes como peculato, corrupção e fraudes em dispensa de licitações.
Para o Procurador da República, Felipe Siman, as provas reunidas não deixam dúvidas quanto à conduta criminosa dos envolvidos. “Na fase investigativa a polícia visa esclarecer os fatos, buscando provas que demonstrem ou não a existência do delito. A partir daí que conclui o inquérito e encaminha para a ação penal, no caso o Ministério Público, que analisará todo o conjunto de provas e decidirá se houve crime ou não houve crime. O MP entendeu que houve uma diversidade de crimes e por essa razão nós imputamos os fatos a esses 21 denunciados”.
Ainda segundo o procurador, os contratos alvos de investigação na Mar de Lama foram suspensos por tempo indeterminado por ordem da Justiça. A denúncia apresentada pelo MP deve ser analisada ainda nesta semana e, caso a Justiça aceite-a, será dado prosseguimento ao processo contra os 21 denunciados.
A operação Mar de Lama fase sete foi deflagrada no dia 10 de agosto concentrada nos maiores contratos firmados entre empreiteiras, a Prefeitura e o SAAE. As investigações apontam que o dinheiro público era desviado tanto por meio de contratos superfaturados, como pelo pagamento de um percentual de 5% do valor do contrato entregue aos agentes públicos como forma de propina. (G1 dos Vales)