Uma educação voltada para o povo mineiro. É com este propósito que estão sendo construídas as escolas técnicas do programa Brasil Profissionalizado em Minas Gerais. Nos últimos meses, a Secretaria Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes) promoveu consultas públicas para definir os eixos temáticos e cursos que vão ser oferecidos em seis das 13 unidades educacionais que estão sendo edificadas no território mineiro.
As consultas públicas têm demonstrado ser um instrumento de participação popular muito eficiente, já que, por meio delas, a população tem a oportunidade de opinar e conhecer em detalhes o projeto das escolas.
Ao ouvir o cidadão mineiro, o Estado quer ofertar cursos de acordo com as características e necessidades de cada região. “Os dados recolhidos in loco ajudam a dar uma ideia melhor de qual é a real vontade da população”, destaca o subsecretário de Ensino Superior da Sedectes, Márcio Portes.
O Governo de Minas Gerais entende que uma conversa direta com a população é de grande importância, à medida que as pesquisas baseadas somente em dados secundários – do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), por exemplo – são limitadas e nem sempre conseguem representar os interesses do povo mineiro. “Colocamos as sugestões. Algumas foram acatadas e outras preferências foram sugeridas”, conta Márcio Portes.
“Existe uma diferença entre se escolher cursos a partir de dados econômicos e sociais de uma região e realizar uma coleta de informações direta com a população”, complementa o subsecretário. As seis unidades estão com as obras avançadas e com previsão de serem inauguradas em 2017 nos municípios de Lagoa Santa, Bocaiuva, Ibirité, Manga, Brasília de Minas e Pompeu.
No total, o Brasil Profissionalizado vai ofertar cursos técnicos para aproximadamente 1,2 mil alunos em cada unidade. As cidades de Unaí, Grão Mogol, Espinosa, Janaúba, Monte Azul, Taiobeiras e Joaíma também vão receber escolas técnicas do Brasil Profissionalizado.
Participação popular
Márcio Portes participou de todas as consultas públicas realizadas até o momento e destaca a grande participação popular. “A população local participou em peso. Participei de todas as seis audiências. Lembro-me de cada uma delas. Em Ibirité, por exemplo, a audiência estava lotada. Fizeram fila para falar. Foi uma experiência ímpar”, recorda.
Para ele, o envolvimento dos moradores foi imprescindível e, com a realização dos cursos e qualificação dos profissionais, as cidades se tornaram menos dependentes. “Em Brasília de Minas chegam ao ponto de enviar o computador para dar manutenção em Montes Claros”, exemplifica o subsecretário.
“Esse foi o nosso discurso e a nossa prática: ouvir. Todas as audiências reforçam isso. A comunidade precisa ser envolvida. É uma obra que vai ficar para as pessoas. A escola vai ser uma referência para essas pessoas”, conclui.
Brasil Profissionalizado
Iniciativa do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), o Brasil Profissionalizado busca o fortalecimento do ensino médio integrado à educação profissional nas redes estaduais de educação profissional.
Os recursos do Brasil Profissionalizado são repassados aos estados para construção, reforma e modernização de escolas técnicas, estruturação de laboratórios, além do financiamento de recursos pedagógicos e de formação e qualificação dos profissionais da educação.
As ações do Brasil Profissionalizado são geridas pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
(Agência Minas)