Um crime macabro assustou moradores de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. O corpo do subinspetor da Polícia Civil Roberto Carlos Maciel, de 49 anos, foi encontrado na manhã deste sábado (2/7) em adiantado estado de putrefação, enrolado em um cobertor, no apartamento dele, no Bairro Santa Terezinha, Região Nordeste da cidade. Ele levou 17 facadas e dois tiros. Na parede, o assassino deixou uma mensagem escrita com sangue da vítima: “Lúcifer Sete Fadas”. Um policial que esteve no local do crime descreveu o apartamento como “cenário de um filme de terror”.
No início da noite, a Polícia Civil prendeu o suspeito de cometer o crime, escondido em casa de parentes em Barbacena. “Recuperamos a carteira do policial, o carro e estamos correndo para recuperar outros objetos roubados”, disse a delegada regional de Juiz de Fora, Patrícia Ribeiro. Detalhes do crime serão dados em uma coletiva à imprensa às 9h deste domingo, na Delegacia Regional de Juiz de Fora.
Roberto Carlos trabalhava na 1ª Delegacia Regional de Juiz de Fora e morava na Rua Daniel Martinho Ribeiro, perto da delegacia. Ele estava de férias e o retorno dele ao trabalho estava previsto para esta semana. Os vizinhos sentiram um cheiro forte vindo do apartamento do subinspetor e acionaram a polícia. A perícia foi acionada e a Polícia Civil assumiu sozinha o caso, segundo informou a Polícia Militar. Duas cápsulas de revólver calibre 38 foram encontradas no imóvel.
O suspeito já tinha sido visto antes com a vítima em bares e restaurantes da cidade. A delegada está tratando o caso como latrocínio, roubo seguido de morte. O carro roubado, um Palio branco placa OXH 3906, havia sido visto pela Polícia Rodoviária Federal passando por Barbacena, na mesma região, às 9h de terça-feira. Câmeras de uma praça de pedágio registraram o suspeito dentro do carro.
A delegada não deu explicações sobre a mensagem deixada na parede, o que vai ser apurado durante as investigações. “Não sei se o suspeito frequentava o apartamento do policial, mas eles já foram vistos juntos em bares e restaurantes”, disse a delegada. Carlos Roberto foi visto pela última vez pelos vizinhos na terça-feira. “Disseram que ele era muito discreto e reservado. Era um ótimo policial”, disse Patrícia Ribeiro. Há informações de que a vítima andava saindo com um homem identificado por “Crijão”, morador do Bairro Santo Antônio, Zona Leste de Juiz de Fora, mas a delegada não confirmou se tratar dele.
Antes de trabalhar na Delegacia Regional, Carlos Roberto, que estava na Polícia Civil havia mais de 20 anos, foi lotado na Delegacia Especializada de Crimes contra a Mulher e na Divisão Antidrogas. Parentes e amigos de Robertinho, como ele era chamado, lamentaram a morte dele nas redes sociais. “Algum monstro sem alma fez isso com o meu tio”, escreveu a sobrinha dele, Thallita Gracielly.
O policial Roberto Carlos Maciel foi assassinado em seu apartamento na Rua Daniel Martinho Ribeiro, próximo a Delegacia onde trabalhava (Foto: Fernando Priamo/Tribuna de Minas)
(Fonte: Estado de Minas/Pedro Ferreira)