A tese de inocência da defesa de Ary Brandi do Carmo Alves não conseguiu livrar o réu (que está foragido) da condenação de 33 anos. Ele é acusado de dois assassinatos e uma tentativa de homicídio em 2010. O Júri Popular foi realizado na última segunda-feira (9/5) e foi presidido pelo juiz Luiz Flávio Ferreira, tendo como representante do Ministério Público (MP) o promotor de justiça Bruno Giardini.
Consta na denúncia do MP que Ary e um comparsa (não identificado) executaram Wayller Rafael na avenida Orquídea, no bairro Bom Jardim. O motivo do crime é que Ary acreditava piamente que a vítima estaria envolvida no homicídio de seu primo. Exatamente no momento do crime passavam dois menores em uma moto, que ao presenciarem a cena, tentaram retornar. Eles foram perseguidos pela dupla que efetuaram vários disparos.
Washington Cardoso de Souza, que estava na garupa foi alvejado nas costas e morreu na hora. O outro menor, que pilotava a moto, caiu do veículo e viu o momento em que o comparsa de Ary recarregava a arma. Neste instante, o jovem correu e conseguiu se esconder em uma lanchonete.
Ary Brandi foi condenado a 33 anos de prisão (Foto: Diário Popular)
Denúncia
Em relação ao crime contra Wayller o MP denunciou Ary por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe, uma vez que o acusado matou a vítima por vingança. O Ministério Público considerou ainda que o assassinato foi praticado com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Sobre os crimes praticados contra os menores (à época) o MP entendeu que Ary agiu para assegurar a impunidade do crime anterior, com a intenção de eliminar testemunhas. O Conselho de Sentença negou a tese de negativa de autoria da defesa e acatou na íntegra a denúncia do Ministério Público.
Provocação
Em outro julgamento realizado nesta terça-feira (10) um homem de 33 anos foi condenado a 6 anos de prisão por ter matado um amigo em 2014, em Ipaba. Ronaldo Gomes dos Santos, 33 anos, confessou ter matado com uma facada no peito Willian Mercês Silva, também de 33 anos.
Ronaldo é réu confesso e no dia do crime foi ele quem ligou chamou a polícia e informou sobre o crime. O acusado ficou em casa esperando a chegada dos militares para ser preso. A motivação foi uma briga após bicicleta de ele ter sido penhorada por Willian. Ele contou ainda que o veículo foi deixado em uma “boca de fumo” pela vítima, que era usuária de drogas.
Durante a discussão Willian teria dito para Ronaldo que se ele quisesse reaver o veículo, ele deveria ir ao ponto de tráfico e comprar a bicicleta, porque o valor dado em troca dela ele teria usado para consumir drogas.
O Ministério Público denunciou o réu no homicídio simples porque entendeu que Ronaldo foi provocado por Willian e porque ele confessou o crime. A defesa acompanhou o entendimento do MP e não contra argumentou. (Diário Popular Ipatinga)
