Professores e técnico-administrativos da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) entraram em greve nesta segunda-feira (2/5). Segundo a Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes), ainda não é possível contabilizar quantos servidores aderiram ao movimento, um balanço deve ser feito no fim da noite.
Gilmar Ribeiro, presidente da Adunimontes explica que os professores querem o reajuste dos salários, o último aumento foi em 2011, e incorporação de gratificações aos vencimentos.
“A Universidade está sendo afetada como um todo, inclusive o Hospital Universitário está funcionando com o mínimo estipulado por Lei”, diz Ribeiro.
Já os técnicos-administrativos, querem a incorporação da gratificação e abono; realização de concurso, já que houve segundo a categoria, um número expressivo de exonerações e aposentadorias, chegando a um déficit de 500 profissionais; e modificações no decreto de promoção e progressão de carreiras.
Estudantes também aderem à greve
A greve conta ainda com adesão dos alunos, Bruno Rocha do Diretório Central dos Estudantes (DCE) afirma que as reivindicações foram divididas em duas frentes, Governo de Minas e Reitoria.
Em relação ao Governo, os alunos pedem investimentos em moradia estudantil e auxílio moradia. “A falta de moradia cria dificuldades para que os estudantes ingressem na faculdade após a adesão ao SISU e cria uma especulação imobiliária gigantesca ao redor da universidade”, explica.
Já as reivindicações destinadas à Reitoria dizem respeito ao investimento na infraestrutura das salas de aula e dos laboratórios e redução da carga horária dos estagiários ou aumento da remuneração deles, que recebem R$ 400 por seis horas de trabalho.
O que diz a Unimontes (Leia nota na íntegra)
A Reitoria da Universidade Estadual de Montes Claros esclarece que qualquer questão relativa a reajuste ou correção salarial dos professores e de servidores é de competência do Governo do Estado e envolve, também, aspectos orçamentários e o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A Reitoria respeita o movimento de servidores e esclarece que mantém constante diálogo com as categorias, promovendo reuniões periódicas com suas representações sindicais e encaminhando as suas justas reivindicações à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag). Nesta manhã, a Reitoria teve nova reunião com as representações docentes, discentes e de servidores.
Em relação à infraestrutura de sala de aulas e laboratórios, a Universidade desenvolve gestões permanentes em busca da captação de recursos públicos estaduais e federais, a fim de modernizar suas instalações e oferecer ambiente adequado para o bom andamento das atividades de ensino, pesquisa, extensão e da prestação de serviços à comunidade.
A Unimontes informa que já elaborou estudo para a readequação do seu quadro de pessoal e encaminhou proposta à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), visando a realização de novo concurso público para técnico-administrativos.
Em relação aos estagiários da Universidade, a jornada de trabalho e a remuneração são estabelecidas conforme a legislação em vigor, sendo observada também a limitação orçamentária da instituição.
O Hospital Universitário Clemente de Faria mantém normalizada a assistência aos pacientes internados. O atendimento do Pronto-Socorro também é preservado, dando prioridade aos casos de urgência/emergência. As cirurgias eletivas estão suspensas durante o período de greve. A direção do HU esclarece, ainda, que mantém negociação direta com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, a fim de se evitar qualquer dificuldade de acesso da população aos seus serviços.
(Fonte: G1 Grande Minas)
