A Usiminas divulgou nesta segunda-feira (25/4) o 7º prejuízo trimestral consecutivo, mas a perda veio abaixo da sofrida nos três primeiros meses de 2015, após a empresa promover medidas para melhorar sua rentabilidade e que incluíram a parada de produção de aço em Cubatão no início deste ano.
A maior produtora de aço plano do Brasil em capacidade instalada teve prejuízo líquido de R$ 151 milhões de janeiro a março, 36% abaixo do resultado negativo de um ano antes, apesar da queda de cerca de 25% nas vendas de aço ante o final de 2015.
Analistas já esperavam fraqueza de resultados da empresa, afetada por disputa societária, vencimento de dívidas e forte queda na demanda por aço no Brasil. Porém, diante da proximidade da divulgação do balanço do primeiro trimestre com a dos resultados do quarto trimestre do ano passado, publicados no final de fevereiro, poucos analistas conseguiram fazer estimativas para o desempenho da empresa.
O resultado se refere a desempenho anterior ao reajuste de cerca de 10% nos preços de aço feito pela empresa junto a distribuidores no início de abril, o que deve impactar os números do segundo trimestre. Em maio, a empresa também deve promover um novo reajuste, de 14%.
A Usiminas apurou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 50 milhões para os três primeiros meses do ano, ante R$ 354 milhões registrados no mesmo período de 2015. O desempenho veio depois de um Ebitda negativo em R$ 1,82 bilhões nos três últimos meses de 2015, depois que a empresa promoveu baixas contábeis nas áreas de siderurgia e mineração.
Mais cedo, a companhia divulgou que a rival CSN conseguiu sinal verde para indicar conselheiros a sua assembleia de acionistas marcada para 28 de abril, em um processo que cabe recurso junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A Usiminas, que foi forçada a pedir aval de credores para suspender por 120 dias vencimento de dívidas, em um processo que disparou aprovação para a realização de um aumento de capital de R$ 1 bilhão em meados do ano, encerrou março com R$ 1,736 bilhão em caixa e dívida bruta de R$ 7,4 bilhões.
Do total da dívida, 45% são em moeda estrangeira e 39% vence no curto prazo. A empresa tem vencimentos este ano de R$ 1,576 bilhão, de R$ 1,768 bilhão em 2017 e de mais R$ 2,015 bilhões em 2018.
(Fonte: Reuters)