O prefeito Ruy Muniz foi levado na noite desta quarta-feira (18/4) para o Presídio Regional em Montes Claros, no Norte de Minas. Ele foi preso em Brasília, pela Polícia Federal (PF), um dia após sua esposa, a deputada federal Raquel Muniz, ter dito na votação do processo de impeachment que ele era exemplo para o Brasil.
Ruy foi preso durante a operação “Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde”, por suspeita de prejudicar o funcionamento de hospitais públicos da cidade para favorecer um hospital privado, que é gerido pela sua família.
Ele chegou ao presídio por volta das 19h30 em uma viatura que seguia em um comboio do sistema prisional. A unidade não possui uma cela especial para abrigar o gestor municipal, mas a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) afirmou que ele está recebendo o mesmo tratamento de outros presos com curso superior. Segundo a nota, ele está em uma cela que não está cheia, mas que possui outros presos.
Na unidade estão presos o ex-prefeito de Taiobeiras, Joel Cruz, preso no dia quatro deste mês por suspeita de estupro de vulnerável, e também o médico Linton Wallis Figueiredo Souza, preso no dia seis deste mês, suspeito de dopar e estuprar pacientes.
Secretária de Saúde
A secretária municipal de saúde, Ana Paula Nascimento, também foi presa na operação da Polícia Federal. Ela foi levada para o Presídio Alvorada, também em Montes Claros, onde possui apenas seis celas femininas e abriga cerca de 80 detentas, segundo um agente penitenciário que não quis se identificar.
Prefeito foi preso em Brasília e chegou em Montes Claros nesta segunda-feira escoltado pela Polícia Federal – Foto: Mauro Miranda Ferreira/Arquivo pessoal
Leia nota de Ruy Muniz à imprensa
Ruy Muniz e Ana Paula Nascimento são pessoas de bem, altamente qualificadas, possuem endereço fixo e prestam um serviço público acompanhado diariamente por centenas de servidores municipais, estaduais e federais.
Não há razão jurídica para prisão preventiva dos mesmos por não haver risco a ordem pública, nem perigo de fuga dos acusados e nem haver qualquer indício de obstrução da justiça.
Há sim motivação política na ação do Ministério Público Federal em tratar a questão dos contratos dos hospitais de Montes Claros junto ao Sistema Único de Saúde de forma a criminalizar ações de governo legítimas, embasadas em pareceres técnicos de servidores concursados que concluíram que os serviços contratados não estavam sendo plenamente prestados.
Ruy Muniz e Ana Paula já prestaram espontaneamente esclarecimentos aos órgãos de controle do Estado e da União. Não há desvio de recursos públicos. Não há nenhum desvio de conduta por parte dos gestores da saúde municipal. Todos os recursos são aplicados sob o intenso crivo do Conselho Municipal de Saúde e da Secretaria Estadual da Saúde, atual detentora do poder de contratar prestadores hospitalares.
A divergência política impera no caso da gestão da saúde do município de Montes Claros. De um lado toda a equipe técnica da Prefeitura Municipal liderada pela Secretária de Saúde e seu Prefeito Municipal com a clara filosofia de contratar produtos e serviços à preços justos, auditar os prestadores e pagar pelo que efetivamente é entregue. De outro um grupo político claramente alinhado aos prestadores e ao Governo do Estado. Visam única e exclusivamente um projeto de poder destrutivo que aparelha instituições públicas. Estão insatisfeitos com perda de privilégios junto a Prefeitura e manifestam público desejo de vingança e atua em diversas frentes para desestabilizar a gestão do Prefeito Ruy Muniz.
A Prefeitura de Montes Claros implantou a secretaria de Prevenção e Combate à Corrupção e mantém ações constantes em prol da preservação do patrimônio público. Num país que passa por uma crise política, econômica e ÉTICA, a atual gestão adotou o lema TOLERÂNCIA ZERO À CORRUPÇÃO.
Todos os serviços da Prefeitura continuarão em regime de NORMALIDADE. As escolas municipais funcionarão normalmente, as unidades de saúde atenderão dentro da rotina usual, a limpeza urbana e todos os demais serviços continuarão à disposição dos cidadãos.
Queremos acreditar que o timing dessa decisão judicial e consequente ação policial não tenha relação com os fatos ocorridos no dia 17 de abril. Ainda estamos checando as informações, datas e solicitando a cópia integral da decisão judicial. Temos fé nas instituições brasileiras. Confiamos na justiça e respeitaremos qualquer decisão judicial, ainda que não concordemos com o seu teor.
Solicitamos a todos os que apoiam nosso projeto que se mantenham vigilantes para qualquer arbitrariedade. Não temos nada a esconder. Somos pessoas de bem e estamos à disposição da justiça e da sociedade para qualquer esclarecimento.
(Fonte: G1 Grande Minas)
Mas o caso do prefeito não é de suspeita, e de condenação, ele e sua mulher ja foram condenado em primeira e segunda instancias, já existe ação criminal correndo no minsterio publico federal, outro fato criminoso por eles praticados, que por si só seriam suficientes para mante-los presos por longos anos. Como é que os caras vem dizer que são pessoas de bem? Nas novas alterações do codigo civil, o cara que foi condenado em primeira e segunda instancia, não perdem o direito a liberdade? Não é o mesmo caso do LUIS ESTEVAM? COMO É QUE ESSES CARAS ESTÃO LIVRES, ELE E A MULHER DELE, PARA CONTINUAREM A LESAR OS COFRES PUBLICOS?
Cade o judiciario moralizador do Brasil?