Operação Química do Mal desarticula quadrilha que mantinha “disque-drogas” em Montes Claros

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A Polícia Civil desarticulou um grupo criminoso que mantinha um “disque-drogas” em Montes Claros, na região Norte de Minas. Quatro homens foram presos nos Bairros Jardim Palmeiras e Delfino Magalhães durante a operação “Química do Mal”, realizada nesta quinta-feira (31/3). A quadrilha vendia somente cocaína e a droga ganhou um “selo” dos usuários por ser considerada a melhor da cidade.

O delegado Bruno Rezende explicou durante uma coletiva de imprensa que as investigações que duraram seis meses apontaram que o chefe do grupo era Bruno Siqueira, de 22 anos. Ele contava com a ajuda do irmão, Patrick Siqueira, de 20, e de outros dois homens, Danilo Santos, de 21, e Diego Pimenta, de 27.

“O Bruno recebia ligações de clientes e determinava aos demais que fizessem a entrega de moto. Não havia bairros específicos para as entregas, já que eles tinham uma vasta clientela”, afirmou. Durante a operação, duas motos usadas pelos investigados foram apreendidas.

Envolvidos foram preso em dois dois bairros de Montes Claros (Foto: Michelly Oda/G1)

Segundo a PC, os quatro atuavam no tráfico de drogas há cinco anos, mas nunca haviam respondido por crimes. Rezende explica e destaca que, embora os investigados já tenham sido mencionados em registros de ocorrências, eles atuavam desde adolescentes, o que não gera registro policial.

Com a decretação da prisão, a expectativa é de que eles respondam pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico. Como houve a quebra de sigilo bancário, caso seja detectada movimentação financeira ilegal, eles podem responder por lavagem de dinheiro. A desarticulação do grupo pode também, de acordo com Bruno Rezende, permitir a identificação dos fornecedores da droga e evitar crimes relacionados à venda de entorpecentes, como os homicídios.

Durante as investigações, a PC conseguiu identificar também que a cocaína vendida pelos quatro homens era conhecida pela qualidade, o que permitia que eles vendessem uma grande quantidade de entorpecente de forma rápida, dificultando que fossem flagrados com a droga.

“Eles trabalhavam com rapidez e eficiência muito grandes, não ficavam com drogas nas residências, recebiam as substâncias em pequenas quantidades e repassavam muito rapidamente, justamente pela qualidade reconhecida e grande carteira de clientes. Eles narraram informalmente que não tinham drogas hoje porque haviam sofrido batida policial por parte da PM recentemente”, falou Bruno Rezende.

O público-alvo dos envolvidos era diversificado e não tinha foco em uma classe social. A escolha pela cocaína se deu por vários fatores, entre eles o valor agregado da droga.

“Durante a interceptação telefônica pudemos perceber uma movimentação financeira de R$ 20 mil em 15 dias, a partir disso percebemos a dinâmica e atuação do grupo. Agora vamos verificar o montante movimentado por eles durante os seis meses de investigação”, disse o delegado.

Raimundo Nonato, chefe do 11º Departamento de Polícia Civil, também participou da coletiva e afirmou que outras ações como a realizada nesta quinta-feira devem ocorrer em breve. “Nos últimos três meses houve aumento considerável nas apurações, prisões e operações desenvolvidas não só em Montes Claros como em todo o Norte de Minas. Nossos objetivos são tirar os meliantes de circulação e trazer mais paz e tranquilidade para a sociedade”, finalizou.

(Fonte: G1 Grande Minas / Repórter: Michelly Oda)

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