A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda) liberou cerca de R$ 300 mil para o mapeamento do território de quatro comunidades tradicionais da região do rio São Francisco. A expectativa é que os trabalhos de campo sejam iniciados, no próximo mês, beneficiando cerca de 500 famílias dos municípios de Pedras de Maria da Cruz, Matias Cardoso e Itacarambi.
“Esse trabalho é fundamental para que o governo federal reconheça e faça a cessão em definitivo das áreas para estas comunidades”, afirma o diretor para o Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais da Seda, Vandeli Paulo dos Santos.
A elaboração dos laudos antropológicos faz parte do projeto. “Dinâmicas socioambientais na bacia média do rio São Francisco mineiro”, fruto da assinatura de termo de cooperação técnica entre a Seda, a Unimontes e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
A parceria visa atender demanda histórica das comunidades tradicionais que vivem às margens do rio São Francisco e que há anos lutam pelo direito à terra. As primeiras atendidas serão Comunidade Tradicional Pesqueira de Caraíbas, localizada no município de Pedras de Maria da Cruz; Comunidade Tradicional Vazanteira de Pau Preto, Quilombo de Praia e Vazanteiros da Ilha de Maria Preta.
“As comunidades produzem para própria subsistência. Como agricultores familiares, com certeza é importante a conquista do território para que eles possam produzir e viver bem, e assim as gerações futuras terão uma garantia de sobrevivência no campo”, conclui Vandeli Paulo dos Santos.
Comunidade Quilombo de Praia – Foto: Divulgação / Seda
(Agência Minas)