Seria lindo se realmente fosse assim. Cada um fazendo sua parte e todos ajudando todos em todos os momentos no que se refere ao desenvolvimento das crianças.
Acontece que não é. Infelizmente, a família tem se distanciado de suas funções, a escola com suas dificuldades na escolarização, mais precisamente porque as crianças chegam sem a “educação” de casa e ambos esquecendo que as crianças precisam do cuidado de todos.
As duas Instituições: Família e Escola são responsáveis pelo cuidado com a criança sendo que à Família não é oportunizada nenhuma espécie de qualificação uma vez que é fato o ditado que “criança não vem com manual de instrução”. No entanto, à Escola são oportunizadas diversas práticas Pré estabelecidas para que a partir delas, se construa um Projeto Político Pedagógico, Planejamentos anuais e demais estratégias que norteiam a escolarização da criança.
Porém, é preciso ainda que sejam considerados também os condicionantes sociais, culturais, intelectuais e psicológicos de cada criança. E é dentro deste contexto que a necessidade de ações elaboradas e realizadas com a participação da Família se faz tão urgente.
Estarem todos atentos à garantia desta parceria, respeitando os limites e incentivando o potencial de cada criança é a certeza de que todos os envolvidos estão possibilitando meios para o cuidado na infância.
E é somente através do diálogo permanente que será possível o resultado desejado. Convocar a Família somente para reuniões semestrais e/ou ainda somente quando precisam ser relatados “problemas” que os filhos estão causando na Escola somente afastará a Família da Escola e os “problemas” serão agravados.
É preciso um contato permanente com a Família, sobretudo para que a criança compreenda que há ligação entre as partes, que há confiança e contato frequente. Muitas crianças ouvem em casa, por parte dos pais, reclamações e insatisfações sobre a Escola e na Escola, ouve o mesmo referente aos pais ausentes. O que a criança aprende com isso? Comportamentos que teoricamente abominamos: falar pelas costas; não resolver os problemas; culpar os outros; não ser claro, sincero e objetivo; acusar sem saber o que realmente aconteceu; dentre outros. Muitas crianças então, movidas pelo que vê, criam histórias que distanciam ainda mais os pais da Escola, fomentando mais discórdias e insatisfações, o que prejudicará seu desempenho escolar e mais ainda seu caráter.
Evitar que a criança se torne um adulto complexo tanto é função da Família no quesito Educar, quanto da Escola em Escolarizar (pois de nada adianta ensiná-la, por exemplo, escrever corretamente mas não aplicar o que escreve coerentemente).
Logo, o Cuidar, que perpassa as entrelinhas do Educar e do Escolarizar é missão da Escola e da Família. Enfim, de todos nós.
Quem é Marli Andrade?
Marli Andrade é Psicanalista e Psicopedagoga, Doutoranda em Psicologia Social pela Universidade Argentina John Kennedy em Buenos Aires, defendendo a tese: “A influência da subjetividade nas interações profissionais”.
Autora de Literatura Infantojuvenil com o propósito de contribuir para que as crianças cresçam com equilíbrio emocional, autoestima e habilidades para interações intra e interpessoal tranquila e eficiente.
Escritora do livro “Primeiro você sonha, depois você dorme”, catalogado pela Câmara Nacional do Livro, sob o catálogo sistemático: Autoconhecimento, Comportamento social, Conduta de vida, Equilíbrio (Psicologia), Inconsciente, Realização pessoal, Relações interpessoais, Sonhos e Sucesso profissional.
Atua com palestras e treinamentos em instituições públicas e privadas, disponibilizando técnicas para que cada participante possa construir suas próprias estratégias para a gestão intra e interpessoal.
Psicanalista e Psicopedagoga
Doutoranda em Psicologia Social
Autora de Literatura Infanto Juvenil
Site: www.marliandrade.com.br