Construção da sede da Avams provoca polêmica em Montes Claros

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Moradores do Bairro Morada da Serra fizeram neste sábado (26/12) um protesto contra a construção da sede da Associação dos Vereadores da Municípios da Área da Sudene (Avams), em Montes Claros. Eles alegam que a área doada pela prefeitura pertence a um parque e é de preservação ambiental.

No local foi colocada a pedra fundamental da construção da sede própria da Avams. Parte do terreno, de dois mil metros quadrados, foi doado pelo município à Associação. Segundo o técnico em mineração, Antônio Jorge Soares, os moradores reclamam por se tratar de uma mata ciliar próxima ao rio vieira. “Nós gostaríamos que isso fosse revisto. Porque é uma falta de respeito com os moradores e com o meio ambiente. Isso não pode ser levado adiante”, diz.

Os moradores dizem que a pedra foi colocado no dia 23 de dezembro. O receio deles é que a as árvores sejam retiradas para a construção da sede. “É uma área que a gente cuidou, e eles estão pensando em desmatar uma área que é para ser preservada e não destruída”, aponta o eletricitário Alexandre Leão.

Um membro do Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente de Montes Claros (Codema) acompanhou todo o protesto. “Isso é parte do Parque Municipal Guimarães Rosa, e sendo uma área pública eu entendo que essa autorização deveria ter passado por uma audiência pública e para a apreciação do Codema”, afirma o ambientalista Sóter Magno.

A expectativa dos moradores é de que as denúncias sejam encaminhadas à Promotoria Pública do Meio Ambiente. “Um crime ambiental que as autoridades precisam tomar providências, e nós moradores vamos buscar recursos para que não deixemos isso acontecer”, conclui Antônio Jorge Soares.

Em nota, o presidente da Associação de Câmaras e Vereadores da Área Mineira da Sudene (Avams), Leonardo Pinheiro, explicou que o projeto está todo dentro da legalidade, pois se trata de uma área institucional no perímetro urbano do município de Montes Claros, que foi doada para a Avams em março deste ano, depois que o projeto foi enviado à Câmara e aprovado pelos vereadores da cidade.

Leonardo explicou ainda que já tem o termo de emissão na posse, assinada pelo prefeito da cidade Ruy Muniz, e que existe um projeto de engenharia arquitetônico já enviado ao governo estadual para captar recursos para a construção da sede com a preocupação ambiental. O presidente disse por fim que toda a área do terreno era de 2.800 metros quadrados, mas apenas foi doado à Avams, mil metros quadrados.

Moradores dizem que a ação será um “crime ambiental” (Foto: Reprodução / Inter TV Grande Minas)

(Fonte: Inter TV Grande Minas / G1)

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